Rapaz diz que testemunhou morte de PM e aponta falha na simulação

Sem títuloDurante o processo de reconstituição da soldado Izabelle, que foi morta no dia 30 de agosto deste ano, uma testemunha-chave apareceu no local para acompanhar o procedimento e disse que havia equívocos no andamento da simulação do susposto acidente com a arma que alvejou a militar. Resguardado após informar que havia sido ameaçado pelos militares que estavam na viatura no dia do ocorrido, o rapaz não teve o nome revelado.

O adolescente de 17 anos informou que estava andando de skate com alguns amigos na ciclovia da Avenida Josepha de Melo, localizada no Sítio São Jorge, quando uma viatura da Polícia Militar parou na esquina da rua que liga a avenida.

“Quando a viatura parou, pouco tempo depois, nós podemos ouvir alguns disparos e corremos até o local para ver do que se tratava, quando chegamos lá [no local], uma segunda viatura chegou e os policiais já desceram apontando as submetralhadoras para a gente”, relata

A testemunha afirma ainda que após a rajada de tiros apenas o motorista da viatura desceu para ver a situação da soldado baleada, enquanto os outros ameaçavam os jovens e o mandavam calar a boca. Após o ocorrido, as viaturas saíram do local.

A Policia Civil identificou o jovem e por ele se tratar de uma testemunha em potencial, pegou a documentação dele e o levará para depor sobre o caso.

Entenda o caso
A Polícia Federal deu início, nesta terça-feira (2), a reprodução simulada do suposto acidente que vitimou a soldado Izabelle Pereria dos Santos, morta no dia 30 de agosto por vários tiros de submetralhadora. De acordo com o delegado da Polícia Civil, Lucimério Campos, que está à frente do caso, a reconstituição está sendo proveitosa porque os militares que estavam no dia do crime começaram a lembrar de alguns fatos que ainda não havia sido relatado.

A soldado foi atingida por 17 tiros nas regiões do braço, axila e abdômen durante rondas, no final do mês de agosto, na noite do dia 30.

De acordo com o major J. Cláudio, da PM, militares que estavam na guarnição com a vítima afirmaram que arma, que estava posicionada no chão da viatura e travada, disparou acidentalmente.

Após o incidente, a soldado foi levada em estado grave para o Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro do Trapiche da Barra, onde foi submetida a três cirurgias. No fim da manhã de do dia 31 de agosto entretanto, o Serviço Social do hospital confirmou que a vítima não havia resistido aos ferimentos.

 

Fonte: G1

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