Número de pessoas em tratamento contra Aids aumentou no Brasil de 2013 para 2014
No Dia Mundial de Luta Contra a Aids, lembrado em 1.º de dezembro, o Ministério da Saúde brasileiro divulgou dados sobre casos da doença no país. De acordo com o Boletim Epidemiológico de HIV, o país registrou aumento de 29% de pessoas em tratamento com antirretrovirais pelo Sistema Único de Saúde (SUS), agora em 2014 em relação ao ano passado.
Entre janeiro e outubro de 2013 foram atendidos 47.506 pacientes. No mesmo período desde ano foram atendidas 61.221 pessoas. Esse crescimento no número de indivíduos em terapia com os antirretrovirais foi um dos impactos do Protocolo Clínico de Tratamento de Adultos com HIV e Aids, que foi lançado no ano passado. Por meio do protocolo, o acesso aos antirretrovirais foi viabilizado a todas as pessoas com testes positivos de HIV, até mesmo aquelas que não apresentam comprometimento do sistema imunológico.
Outro dado preocupante foi o crescimento de casos entre os jovens, e por conta disso, o foco da campanha contra o HIV é a população jovem. Isso, no sentido de ações que promovam a estratégia de prevenir, testar e tratar, indo a todos os segmentos desta população de jovem gay e travesti, com a continuidade de estratégia aliando a festas populares como o carnaval e outros eventos.
Diagnóstico
Dados demonstram que cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, das quais 589 mil – 80% foram diagnosticados. A epidemia no Brasil está estabilizada, a taxa de detecção é de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes. Isto representa cerca de 39 mil casos de Aids novos por ano. O coeficiente de mortalidade pela doença caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,1 mortes em 100 mil em 2004 para 5,7 em 2013.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) apoia as iniciativas que visam ao controle e ao tratamento da Aids, sejam elas campanhas de prevenção, como acesso aos diagnósticos e tratamento. Para os entes municipais, a entidade destaca, é necessário disponibilizar meios para a oferta de ações que possam suprir a necessidades dos pacientes soropositivos, com enfoque ao financiamento que possibilite uma melhor qualidade.
Fonte: CNM