Indicadores do HGE confirmam avanços na assistência hospitalar
Os números do Hospital Geral do Estado (HGE) comprovam a nova realidade que a unidade está passando nos últimos meses. Isso porque, o tempo de permanência de um paciente no HGE passou de 13 para quatro dias; a taxa de infecção hospitalar, que já chegou a 80%, foi reduzida para aproximadamente 50%; a mortalidade, que antes era de 13%, agora está em torno de 8% e a taxa de ocupação, que era de 191%, caiu para 83,8%.
A reversão dos dados negativos está sendo possível, segundo relatório apresentado pela direção da unidade, graças a investimentos pontuais realizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Além da contratualização dos leitos de retaguarda em hospitais filantrópicos, houve redução no tempo de conclusão dos exames de diagnóstico, criação de uma ala exclusiva para crianças e realização de cirurgias de grande porte.
Com isso, segundo a diretora do HGE, Verônica Omena, o fluxo de pacientes nos corredores foi reduzido a percentuais mínimos. Realidade nunca antes vista na instituição e que já chamou a atenção de gestores de outros estados, a exemplo dos que atuam no Hospital da Restauração, localizado na capital pernambucana.
Segundo Verônica Omena, as metas estão sendo alcançadas porque a equipe profissional está mais empenhada em aprimorar os serviços, dar resolutividade na assistência, beneficiando a população e desafogando a urgência e emergência. Ela destacou a parceria com a Sesau e o governo federal, resultando na reestruturação da Rede de Urgência e Emergência e implantação do SOS Emergência.
Gestão em Movimento – Também durante esta gestão, a Sesau viabilizou ações voltadas para melhoria dos serviços oferecidos à população. Para isso, mensalmente, o secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas, diretores e técnicos da unidade discutem os principais pontos de planejamento de metas, por meio do Projeto Saúde, Gestão em Movimento.
“A cada encontro, o resultado vem surpreendendo, uma vez que as metas estão sendo alcançadas. O comprometimento dos profissionais é fundamental para que os números sejam positivos. Ainda existem obstáculos a ser ultrapassados, mas estamos trabalhando no sentido de assegurarmos, a cada dia, um atendimento mais humanizado, ágil e eficiente”, destaca o secretário.
Villas Bôas ressaltou que um dos pontos que tem contribuído para a melhoria dos indicadores do HGE são as transferências de pacientes para hospitais contratualizados, além da criação de uma nova ala para a assistência. O titular da pasta da saúde destaca, ainda, que a unidade hospitalar passou a contar com uma pediatria com acesso exclusivo para crianças, além de uma unidade satélite do Centro de Patologia e Medicina Laboratorial (CPML), que atende exclusivamente aos pacientes do estabelecimento hospitalar, além de áreas exclusivas para pacientes ortopédicos e de vascular.
Atendimento Exclusivo – Mas Jorge Villas Bôas alerta que a unidade é referência em traumas, queimaduras e casos classificados como de urgência e emergência, adulto e pediátrico. Casos de menor gravidade, como por exemplo, infecção intestinal, cólica renal, dores de cabeça, diarreias, vômitos, gripes, micoses e pequenos ferimentos, devem ser encaminhados às unidades referenciadas para este tipo de assistência.
O secretário de Estado da Saúde reforça que o hospital deve ser procurado somente nos casos graves para não acarretar uma demora no atendimento como anteriormente acontecia. “É sempre bom lembrar que o HGE tem o perfil de urgência e emergência, destinado aos casos graves. Em casos de menor gravidade, a população deve se dirigir aos postos de saúde mais próximos de casa ou aos ambulatórios 24 horas”, afirma Villas Bôas.