Prefeitura proíbe sepultamento em cemitério

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Sepultamentos em cova rasa estão proibidos no Cemitério São José, no Trapiche da Barra, em Maceió. A determinação da Secretaria Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) foi publicada, por meio de portaria, no Diário Oficial do Município desta segunda-feira (17). A prefeitura, entretanto, disponibiliza quatro cemitérios da região metropolitana de Maceió para os enterros considerados públicos.

A Portaria Nº 0109 considera a enorme demanda de sepultamentos “em contrapartida à escassez de local para a sua realização” e determina a suspensão por 60 dias, a partir da data em que foi publicada. Segundo o administrador do local, Jorge Cunha, a decisão municipal objetiva manter a ordem no cemitério, considerando a falta de limpeza e manutenção, com ossadas espalhadas e túmulos revirados.

“Estamos obedecendo a uma decisão da superintendente, para controlarmos o número de sepultamentos em cova rasa. É importante deixar claro que o São José não fechou as portas”, disse o administrador.

O administrador ressalta que a população pode se dirigir para os cemitérios Santo Antônio, em Bebedouro, São Luiz, no Tabuleiro, Divina Pastora, em Rio Novo, e Nossa Senhora do Ó, em Ipioca. Os estabelecimentos estão disponíveis para quaisquer tipos de sepultamento. O Departamento de Cemitérios da SMCCU também está à disposição pelo contato (82) 3315-4780.

“Enquanto isso, o São José continua com os enterros em mausoléus e terreno arrendado ou perpétuo. Pedimos às famílias que têm seus entes em covas vencidas que nos procurem para a retirada dos ossos e sua distribuição nos ossários dos quatro cemitérios. É necessária a declaração de óbito, registrada em cartório e com as taxas pagas”, reforçou Jorge Cunha.

Descaso

Há quase um mês, a Gazetaweb foi ao Cemitério São José, onde constatou a situação de abandono em túmulos e covas. No maior cemitério de Maceió, entulhos, areia e folhas se acumulam entre as sepulturas e o mato alto impede que familiares e amigos se aproximem dos túmulos de entes queridos enterrados lá.

Nas “ruas” do cemitério, paralelepípedos soltos, tijolos, pedras e pedaços de madeira se misturam a copos, garrafas, embalagens plásticas, sacolas e restos de flores. Até mesmo gavetas vazias utilizadas para abrigar corpos viraram espaço para armazenar lixo. A falta de conservação vai até a placa de entrada, que está rasgada.

O São José já foi denunciado por irregularidades sanitárias. O local foi um dos que entrou em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que obrigava os cemitérios públicos e privados a adotar medidas de redução de impacto ambiental a fim de evitar a contaminação do solo e da água.

 

Com gazetaweb.com

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