Custo de vida dos maceioenses apresenta aumento no mês de outubro
O Índice de Preço ao Consumidor (IPC) do mês de outubro apresentou uma variação de 0,20%, em relação ao mês anterior. A pesquisa, realizada pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), por meio da Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento, tem o objetivo de acompanhar a variação mensal dos preços de determinados bens e serviços consumidos pela população maceioense.
De acordo com o levantamento, o grupo de saúde e cuidados pessoais teve a principal alta, apresentando um aumento de 0,65%. O responsável seria o grupo de produtos farmacêuticos, que sofreu um acréscimo de 1,95%. Apesar da variação na área farmacêutica, os produtos óticos, serviços médicos, dentários e serviços laboratoriais se mantiveram estagnados.
“O aumento no grupo de remédios pode ser consequência da elevação nacional estabelecida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária no mês de abril. Antiinfecciosos e antibióticos sofreram uma alteração de 3,12%, mas a principal elevação foi nos medicamentos para colesterol, com aumento de 7,18% do hipotensor e hipocolesterolêmico”, explicou o gerente do IPC, Gilvan Sinésio.
Outro setor que sofreu uma significativa alteração nesse período foi o de vestuário, com variação de 0,25 no mês, sobretudo no valor da calça masculina (0,13%), feminina (0,33%) e infantil (0,11%). Segundo Gilvan Sinésio, o fator que eleva os custos de vestuário é a aproximação do período natalino e festas de fim de ano. “Nesse grupo, o destaque é a elevação nos custos de lingeries, com acréscimo de 0,55% em relação ao mês de setembro”, destacou.
Os segmentos de transporte e educação apareceram entre os setores que menos apresentaram variações, com uma mudança de apenas 0,05% e 0,04%, respectivamente.
Cesta Básica – O preço da cesta básica alimentar comprometeu, neste mês de outubro, um percentual de 38,23% do salário mínimo dos maceioenses, com um acréscimo de 2,49 pontos. A compra dos itens básicos representa um total de R$ 276,65, destinados à alimentação pessoal.
Dentre os produtos que sofreram elevação, está um dos principais itens da mesa dos alagoanos: a carne. Considerado o principal no grupo alimentício, a carne teve um aumento de 1,29 %. “Nesse mês, tivemos uma alta na exportação, com isso houve uma queda na demanda interna e consequentemente a elevação dos preços”, destacou Gilvan.
Além disso, o tomate e o feijão também devem pesar no bolso dos alagoanos neste mês, devido ao aumento de 1,89% e 0,49%, respectivamente. De acordo com Sinésio, a razão pela qual os alimentos estão sempre apresentando variação nos preços está, basicamente, na sazonalidade.
“Produtos como esse dependem das condições climáticas para crescerem bem. A seca, por exemplo, influencia diretamente na safra de feijão e tomate. Chuvas ou estiagens, por exemplo, vão influenciar na oferta ou escassez do produto e, consequentemente, no seu preço final”, conclui Sinésio.
Redação com Agência Alagoas