Macaé goleia o CRB e dá passo gigante rumo à final
O Macaé parecia incomodado. Mais do que chegar à final da Série C do Campeonato Brasileiro, a equipe do Rio de Janeiro entrou em campo neste domingo, no Estádio Claúdio Moacyr de Azevedo, disposta a chutar para longe os boatos de que a sorte jogou ao seu lado nas batalhas contra o Fortaleza, pelas quartas. Provou-se: os boatos foram aniquilados, junto com um CRB desorganizado e sem qualquer inspiração. Com uma atuação de gala, o time alvianil construiu um impiedoso 4 a 0 no jogo de ida das semifinais e deu um passo gigantesco rumo à grande decisão.
Os três atacantes escalados por Josué Teixeira – Juba, João Carlos e Romário – eram uma prévia do objetivo que o Macaé iria adotar em casa, o de abocanhar a maior vantagem possível para o duelo da volta. Do trio, somente Romário não balançou as redes, e Juba protagonizou uma verdadeira pintura no terceiro gol. Lucas, no primeiro tempo, e Jonathan Balotelli, no segundo, engrossaram a goleada – a primeira vitória por mais de um gol de diferença do Leão na competição, cabe lembrar.
Ao CRB, restam as lamentações de uma equipe que parece ter entrado em campo ainda eufórica pelo acesso conquistado na semana passada. Não fosse pelas poucas bolas levantadas por Éder na área e por uma ligeira pressão já no fim da partida, os alagoanos sairiam de campo sem sequer incomodar o goleiro Milton Raphael.
Agora, as duas equipes voltam a se enfrentar no próximo sábado, dia 8, no Estádio Rei Pelé, em Alagoas. A tarefa do CRB é ingrata: devolver a goleada para restaurar as esperanças de alcançar a decisão.
Um Macaé letal
Talvez por já estar na Série B, talvez por estar atuando sem o peso nas costas ou talvez até mesmo para provar que quer demais esse título da Série C. Os motivos seriam meras especulações diante do fato de que o Macaé teve uma de suas melhores atuações no primeiro tempo deste domingo. Tanto especulou-se sobre a bola parada do CRB durante a semana – três dos quatro gols da equipe sobre o Madureira, nas quartas, saíram de jogadas ensaiadas. Ora, o Alvianil fez os alagoanos, então, provarem do próprio veneno: bola para Gedeil na segunda trave, passe para João Carlos na pequena área e toque para o fundo das redes. O gol ressaltou a absoluta autoridade que o time do Rio de Janeiro demonstrava até o momento.
O CRB limitava-se a levar perigo nas cobranças de falta de Éder. Em uma delas, o jogador levantou na área, Milton Raphael socou em cima de Tiago Pedra – que entrou no lugar do capitão Gedeil, lesionado -, e a bola não entrou por muito pouco. Mais organizado, o Macaé chegava ao ataque com passes de pé em pé, e exatamente assim, fez o segundo. Marquinho fez o “um dois” com João Carlos, cruzou na área, e Lucas, com muita categoria, bateu no canto do goleiro Julio Cesar. Um bonito gol no Moacyrzão.
Mais dois gols, vantagem e “olé”
Apenas quatro minutos de jogo haviam se passado quando Juba recebeu na entrada da área, girou para cima da marcação à la Zinedine Zidane e colocou a bola na gaveta do goleiro Julio César. Um golaço, que valeu o ingresso da torcida e rechaçou para longe a possibilidade de um Macaé trancafiado na defesa no segundo tempo. Muito pelo contrário: foi a equipe alvianil quem continuou criando as melhores chances, pautada em uma atuação de gala de seus jogadores e facilitada pela noite sem inspiração do adversário.
O time regatiano parecia entregue. Nem o torcedor mais pessimista acreditava que o Macaé faria 3 a 0, assim, com tanta facilidade. Tampouco, iria prever que ainda cabia mais. Aos 20 minutos, Romário cobrou falta em cima da barreira, Bruno Santos se esforçou para pegar o rebote, e Balotelli – que havia acabado de entrar no lugar de João Carlos – apenas mergulhou para fazer o quarto gol. Como se não bastasse, Jefferson Maranhão se envolveu em confusão e recebeu o vermelho direto. Com um a mais, o Macaé manteve o domínio da partida e, sob os gritos de “olé” da torcida, administrou sua primeira goleada nesta competição.
Fonte: GloboEsporte