Morre americana com câncer que anunciou suicídio assistido
A americana que sofria de um câncer terminal se suicidou no sábado, depois de anunciar que o faria, provocando uma onda de debates sobre o direito de morrer.
Brittany Maynard, de 29 anos, foi manchete na imprensa internacional no mês passado, depois de divulgar um vídeo na internet anunciando que iria se suicidar.
“Adeus a todos os meus queridos amigos e familiares que amo. Hoje é o dia que eu escolhi para partir com dignidade diante de minha doença terminal, esse terrível câncer no cérebro que levou tanto de mim… mas poderia ter tomado muito mais” escreveu em uma mensagem circulou amplamente pelas redes sociais, compartilhadas por milhões de usuários.
“O mundo é um lugar bonito, viagens tem sido o meu melhor professor, meus amigos mais próximos e os meus pais são os que mais têm me dado. Tenho mesmo um círculo daqueles que me acompanham ao redor da minha cama enquanto eu escrevo… Adeus mundo. Compartilhem energia boa. Vale a pena! ”
Maynard havia anunciado em um vídeo que acabaria com sua vida em 1 de novembro para não sofrer os estragos do seu tumor cerebral, mas na terça-feira disse: “ainda não é o momento certo para morrer”.
“Ainda me sinto suficientemente bem e ainda tenho alegria suficiente e sigo rindo e sorrindo junto à minha família e amigos, pelo que parece que ainda não chegou o momento adequado”, explicou em um novo vídeo divulgado na noite de terça-feira.
A psicóloga americana começou a ter enxaquecas fortes e recorrentes no final de 2013, pouco depois de se casar com Dan Diaz. Em janeiro deste ano ela teve o diagnóstico de um dos tipos mais graves de tumor cerebral maligno, chamado glioblastoma. Brittany logo foi submetida a duas cirurgias, que contiveram o câncer e renderam-lhe um prognóstico de mais dez anos de vida. No entanto, em abril, os médicos constataram que o tumor voltou maior e mais agressivo. O prognóstico de vida mudou para só seis meses.
Maynard e seu marido decidiram se mudar da Califórnia para Oregon, um dos poucos estados americanos que permitem a eutanásia.
Um médico poderia em consequência prescrever os medicamentos necessários para terminar com sua vida, cercada por sua família, na cama que dividia com o marido.
Fonte: O Globo