MPE pede prorrogação de afastamento de prefeito de Joaquim Gomes

miniatura.phpPor meio de uma ação de improbidade administrativa o Ministério Público de Alagoas (MPE/AL) pediu, novamente, o afastamento do prefeito de Joaquim Gomes, Toinho Batista (PSDB), pelo período de 180 dias. O gestor já se encontra afastado do cargo, por decisão judicial, desde o mês de maio, depois de acusado de desvio de recursos por meio de notas fiscais frias.

O órgão solicitou ainda que os vereadores também sigam afastados dos cargos – devido ao suposto envolvimento em esquema de pagamento de propina em troca de apoio político ao então prefeito -, visto que o MPE ‘reúne vasto conjunto probatório contra eles’.

A ação de improbidade foi protocolada pelo promotor de Justiça Carlos Davi Lopes nesta sexta-feira (24). Ele atua na investigação do suposto esquema envolvendo oito dos 11 vereadores e o prefeito afastado. Para o promotor, não há dúvida da existência do crime.

Na ação, o promotor solicitou ainda que a Justiça determine o bloqueio dos bens dos vereadores Edivan Antônio da Silva, Antônio Gonzaga Filho, Edvaldo Alexandre da Silva Leite, Cícero Almeida Lira, Adriano Barros da Silva, Antônio Márcio Jerônimo da Silva, Antônio Emanoel de Albuquerque Moraes e Teresa Cristina de Almeida, além do ex-secretário de Saúde do município. Ledson da Silva, todos presos em operação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc).

O promotor pediu o bloqueio dos bens dos vereadores na ordem de R$ 80 mil, cada. Já em relação ao prefeito, o pedido alcança o montante de R$ 300 mil. “O MPE tem certeza da participação de todos eles no crime. Diante de todo o conjunto de provas, ingressamos na Justiça com a ação por ato de improbidade”, explicou Carlos Davi Lopes.

Os oito vereadores foram soltos há uma semana, depois de a 17ª Vara Criminal da Capital acatar recurso interposto pela defesa, sob o argumento de que a liberdade dos acusados – que estavam reclusos na Casa de Custódia, em Maceió, – não iria atrapalhar o curso das investigações. Moradores da cidade fizeram festa durante a chegada dos parlamentares em uma carreata que reuniu dezenas de pessoas.

Contudo, os vereadores seguem afastados dos cargos, também por decisão judicial. Eles se submetem a medidas cautelares, a exemplo do monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica, impedindo que os acusados deixem o estado.

A assessoria de comunicação do Ministério Público Estadual (MPE) – que coordena as investigações – havia informado que a prisão dos vereadores se deu durante sessão plenária na Câmara Municipal de Joaquim Gomes. A investigação teve início quando o órgão recebeu vídeos em que vereadores são flagrados recebendo dinheiro que seria fruto do suposto esquema.

 

 

 

Fonte: Gazetaweb.com

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