Prefeituras confirmam fechamento segunda-feira
Apenas serviços essenciais funcionam. Alerta é para mostrar a população dificuldades para manter qualidade em serviços como saúde, educação e infra estrutura.
Com os repasses do Fundo de Participação dos Municípios – FPM – defasados , o crescimento nas despesas está tornando cada dia mais difícil a situação financeira, impedindo que os prefeitos possam honrar, em dia, os compromissos com fornecedores e funcionários. As responsabilidades repassadas pelo Congresso Nacional às prefeituras têm aumentado. Na contramão, não há recursos o suficiente para atender tantas atribuições. A crise começa por ai e se torna mais grave quando os gestores assumem tarefas que não são dever dos Municípios.
Os programas federais são subfinanciados e prejudicam ainda mais o orçamento das prefeituras que estão precisando se reinventar todos os dias para que a população não seja prejudicada.
O presidente da AMA, Jorge Dantas diz que é necessário um novo pacto que altere a repartição do bolo tributário. Hoje os municípios recebem apenas 12,5% de tudo que é arrecadado. “ Estamos administrando com os mesmos recursos que não acompanham os aumentos como de salários, alimentação, combustível e custeio”, acrescenta o presidente.
Diante da gravidade da situação e para mostrar a sociedade o que realmente está acontecendo, as prefeituras confirmaram que vão parar nesta segunda-feira ( dia 20). Apenas os serviços essenciais irão funcionar . Os gestores vão se reunir na sede da entidade para definir, de forma conjunta , ações para enfrentar as dificuldades .A parada é uma forma de alertar a população o que está acontecendo nas cidades , que enfrentam a pior crise financeira dos últimos anos. Os prefeitos não estão conseguindo honrar em dia os pagamentos dos fornecedores, estão cortando investimentos e pagando a folha a duras penas.
A população precisa ser parceira , conhecer a atual realidade e ajudar a pressionar o Congresso Nacional , os parlamentares federais, para que as medidas de socorro financeiro possam ser aprovadas. A Associação dos Municípios Alagoanos – AMA – que acompanha o movimento dos prefeitos, afirma que o momento é de união e que esta é uma luta suprapartidária, não eleitoral, mas municipalista.