Estatísticas das polícias Militar e Civil ajudam no combate ao crime

largeEm 2012, a Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) deu um grande passo no combate e prevenção da criminalidade no estado. O início das atividades do Núcleo de Estatísticas e Análise Criminal (Neac), subsidiado pelas informações da Polícia Militar e Polícia Civil, passou a nortear o trabalho das polícias no mapeamento dos crimes contra a vida e o patrimônio.

Através do Sistema de Gestão Operacional Unificado (Sisgou), o Neac recolhe diariamente informações do Instituto Médico Legal (IML), da Perícia Oficial e das polícias Civil e Militar. O sistema é abastecido com as ocorrências criminais que acontecem em todo o estado. Dessa forma, o núcleo consegue mapear as regiões onde mais acontecem crimes, o perfil do criminoso e da vítima, horário com maior incidência de crimes, entre outros dados.

“Diariamente, fazemos um relatório e enviamos para os nossos superiores com essas informações, ajudando os policiais a montarem operações, prevenir e combater crimes na capital e no interior”, explica o coordenador do Neac, subtenente Flávio Azevedo.

Azevedo ainda ressalta que Alagoas não possuía nenhum subsídio de informações corretas, como hoje tem através do Neac. “Em pouco mais de dois anos, conseguimos construir um dos melhores núcleos de estatísticas do Brasil. Passamos informações claras e somos totalmente abertos para qualquer pessoa que precise delas”, ressaltou.

 

Gerência de Estatística e Análise Criminal da Polícia Civil

A Polícia Civil também tem um trabalho pioneiro com estatísticas em Alagoas. Através do Sistema de Polícia (Sispol Web), a PC recebe diariamente informações de Boletins de Ocorrência (BO), Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) e inquéritos policiais. Esses dados são transformados em informações, auxiliando a Polícia Civil nos trabalhos de combate ao crime.

“Através desses dados, podemos visualizar onde os crimes estão acontecendo e fazemos operações voltadas para aquele fato. Os BOs trazem uma informação muito completa, com o modus operandi do criminoso, se ele está fazendo abordagens em algum veículo, a cor, quantidade de elementos, por exemplo. Conseguimos visualizar isso nos históricos e fazemos operações. As abordagens não são aleatórias, é com um foco específico”, explicou a gerente Eliane Araújo.

Segundo Eliane, a ajuda da sociedade é muito importante para esse processo, uma vez que essas informações são levantadas através dos boletins de ocorrência. “Se alguma vítima sofre algum tipo de crime e não vai à delegacia, ficamos sem esse dado. Muitas vezes, um roubo de celular é de suma importância para nossas estatísticas”, disse.

Quando alguns dados chegam de forma recorrente, o grupo de estatísticas passa a trabalhar em cima dessas informações para a montagem de operações. “Quando vemos que algum crime está recorrente na mesma área, como por exemplo, denúncias de prostituição infantil em tal bairro, já montamos a operação junto com o Conselho Tutelar e os dados específicos sobre o caso. Dessa forma a polícia não trabalha às cegas, pois vemos as rotas de fuga dos criminosos, o grau de periculosidade da área, etc.”, finalizou a gerente.

 

Agência Alagoas

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