Teste rápido garante diagnóstico precoce de HIV e sífilis
Coordenadores, médicos e enfermeiros da Atenção Básica de 10 municípios alagoanos participaram nesta terça-feira (14) do Curso Básico de Vigilância Epidemiológica, focado nas temáticas sífilis em gestantes, sífilis congênita e infecção pelo HIV em gestantes e crianças expostas. A iniciativa prossegue até esta quinta-feira (16), sendo realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no Marinas Maceió Hotel, na Ponta Verde.
De acordo com a técnica responsável da Sesau, Sheila Cristina dos Anjos, se o teste for positivo, cabe aos técnicos à notificação da gestante com HIV e do bebê exposto à doença, bem como o acompanhamento do caso. Vale ressaltar que o filho da mãe com AIDS tem menos de 1% de chance de nascer infectado se a gestante for tratada em tempo hábil. “Com a oferta do teste, o resultado sai em 20 minutos e com a precisão de 99,99%”, informou Sheila Cristina.
No tocante à sífilis, se ela for tratada na gravidez, o bebê não nasce infectado. Segundo a técnica da Sesau, se a mãe não for tratada no pré-natal, a criança nasce com sífilis congênita e pode ter problemas neurológicos ou ela corre o risco de abortar antes dos nove meses de gestação.
Cada município – dos 10 que participam desta vez da capacitação – enviou dois técnicos (um coordenador de Vigilância Epidemiológica e um profissional da Atenção Básica, ou seja, médico ou enfermeiro). Todo ano, a Sesau realiza curso com os municípios alagoanos.
Os capacitados desta vez são Matriz de Camaragibe, São Luis do Quitunde, União dos Palmares, Penedo, Maceió, Murici, Pilar, Palmeira dos Índios, Marechal Deodoro e Maragogi. Estes 10 estão na lista dos 92 municípios que tiveram técnicos capacitados e já realizam o teste rápido de HIV e sífilis no pré-natal.
A enfermeira do Programa Saúde da Família (PSF), Julilda Maria de Medeiros, de Marechal Deodoro, diz que o município implantou o teste rápido há mais de um ano e tem realizado em média 20 por mês, englobando não apenas gestantes, mas usuários em geral. De acordo com ela, todas as gestantes fazem o exame no primeiro e terceiro trimestre. No primeiro, para detectar se é portadora do vírus e no terceiro para checar se adquiriu a doença no processo gestacional.
“Em um ano tivemos na nossa unidade de saúde apenas um caso. Estamos divulgando os testes para atrair não apenas gestantes, mas a população do município”, destacou Julilda, enfatizando que o curso vai contribuir para melhorar a qualidade da assistência.
Fonte: Agência Alagoas
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