Palmeira: No dia do professor funcionários da educação fazem protestos

No dia do Professor, funcionários vinculados à secretaria municipal de Educação de Palmeira dos Índios, realizaram manifestações na Câmara de Vereadores na sessão ordinária, afixando cartazes reivindicando direitos, e na Praça da Independência, para pressionar a Prefeitura acerca do reajuste da categoria.

DSCF5624A presidente do Núcleo do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal) de Palmeira dos Índios, em entrevista ao Estadão Alagoas, Vânia Calheiros, disse que “professores e funcionários estão insatisfeitos com a forma que estão sendo tratados e não têm o que comemorar, quando a gente luta por valorização profissional, quando a gente luta pelos direitos que a própria lei nos garante, o prefeito de Palmeira faz o contrário”. Vânia ainda acrescenta, “Isso tudo é pela valorização do profissional; ninguém aceita um reajuste de 0%”, acrescentou.

Calheiros afirmou que vem tentando negociar com a Prefeitura, mas sem avanços. “A nossa data-base é março e nós já estamos em outubro sem previsão de reajuste. Antes das eleições, aconteceram três reuniões entre o prefeito e representantes do sindicato de Maceió. Após as eleições, não houve mais reunião para rever pontos que estão nos planos de cargos e carreiras, até porque diminuíram as vantagens que nós temos direito. Existem artigos no plano que foram refeitos pelo gestor que vai de encontro à legislação vigente, além disto, ainda estamos sendo ameaçados pelo gestor do município para não fazer nenhum movimento, porque se fizer, ele não chama ninguém para conversar. Nós estamos numa democracia, então os trabalhadores têm o direito de exteriorizar e de externar a sua indignação”, afirmou.

Segundo informações repassadas por Vânia, o gestor municipal encaminhou um projeto à Câmara de Vereadores reduzindo o salário dos professores.  “A maioria dos vereadores são da situação, mas creio que o vereador recebeu um mandato da população para legislar e fiscalizar recursos, portanto, mesmo os vereadores de situação são contra a aberração que o prefeito vem cometendo. Eles têm dito que não aprovam, mostrando o papel social relevante à sociedade”.

A educação conta com uma defasagem de 20.47% além de ser retirado pelo gestor mais 17% sobre o salário base dos professores, afirma Vania Calheiros, sem contar com o PCC que está em poder da Câmara Municipal e não foi aprovado pelos vereadores.

A líder sindical lembrou da greve e dos protestos ocorridos ano passado, em que servidores ficaram em vigília “velando o corpo” do prefeito James Ribeiro, simbolizado por um boneco em um caixão de defunto na frente da prefeitura, no centro da cidade. Os professores participaram da greve cobrando a efetivação do Piso Nacional do Magistério (R$ 1.567) para toda categoria. “Nós fizemos uma luta grandiosa no ano passado, e nada foi resolvido, continuamos com os mesmos 0%, portanto hoje é um dia de luto, é um dia de reivindicação”, finalizou.

 

Da Redação

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