Paciente internado no Rio não está com ebola, confirma MS

499zyyazz1_5otmjkttb_fileO resultado do segundo exame realizado no paciente internado com suspeita de ebola deu negativo. A informação foi confirmada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta segunda-feira (13), após receber a confirmação do exame negativo, que descarta definitivamente a presença do vírus.

O ministro comemorou o resultado e informou que a OMS (Organização Mundial da Saúde) já está sendo comunicada sobre o diagnóstico negativo, mas alertou que as medidas de prevenção e combate ao ebola continuam no Brasil.

— Recebemos há pouco o resultado negativo  para a segunda mostra colhida do paciente, por isso consideramos o caso suspeito com um caso descartado. Já estamos providenciado a comunicação à OMS e comunicaremos também a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná e a Secretaria Municipal da Saúde. […]

Quero destacar que todas as medidas de prevenção, de vigilância em relação ao ebola no nosso País permanecem.

Após o segundo resultado negativo, o homem de 47 anos poderá deixar o isolamento e as 64 pessoas que tiveram contanto com ele deixam de ser monitoradas. No sábado (11), o primeiro teste já havia apresentado resultado negativo. Por questões internacionais de segurança, outro exame foi realizado no domingo. O paciente está internado desde sexta-feira (10) no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro (RJ).

De acordo com o ministro da Saúde, a alta clínica do paciente depende agora dos médicos do Instituto Nacional de Infectologia. Segundo Chioro, como o ebola foi totalmente descartado, a equipe médica poderá realizar outros exames no paciente para detectar o que o deixou doente. Exames para dengue, malária e Aids foram realizados e todos deram negativo.

— Os critérios de alta clínica ficam sob responsabilidade dos médicos do  Instituto Nacional de Infectologia. Está recomendada a suspensão de todas as medidas de monitoramento das pessoas que tiveram contato. Não há mais a necessidade de monitoramento e acompanhamento dessas pessoas.

Vigilância

O ministro Chioro se mostrou satisfeito com as medidas que foram adotadas pela rede de saúde, que cumpriu, segundo ele, todo o protocolo previsto para tratar de pacientes com ebola. De acordo com o ministro, não houve nenhuma falha no processo e, caso o paciente fosse confirmado com ebola, nenhuma ação extra precisaria ser adotada.

Mesmo assim, equipes do Ministério da Saúde e do Ministério do Turismo se reuniram nesta segunda para produzir uma cartilha com orientações para pessoas que vão viajar para o exterior. Haverá também reuniões com as companhias áreas, para reforças as ações de prevenção. De acordo com Chioro, existem 59 brasileiros em países com foco do ebola: 32 na Guiné, 25 na Libéria e dois em Serra Leoa.

Essas pessoas estão sendo monitoradas pelo governo brasileiro e, segundo o Ministério da Saúde, todas as semanas as embaixadas brasileiras entram em contato com eles para aconpanhar o estado de saúde.

— É um número pequeno de pessoas, isso facilita, e o fluxo de pessoas entre o Brasil e esses três países é muito baixo. Por isso que o risco de entrada do ebola no Brasil é muito pequeno.

Preconceito

O ministro da Saúde também repudiou as manifestações preconceituosas e racistas em relação ao paciente que foi internado com o suspeita de ebola. Segundo Chioro, o homem está legalmente no Brasil e todos os direitos dele devem ser respeitados como refugiado.

— Não faz sentido nenhum tipo de ação racista e segregacionista. Essa pessoa viveu a angústia de um caso suspeito, vai voltar a conviver entre nós, ele tem o visto, ele pediu refúgio, ele quer trabalhar. Não podemos tratar nenhuma pessoa de forma discriminatória. É inaceitável que num País como o nosso a gente ainda tenha discriminação dessa natureza.

O homem saiu de Guiné, na África Ocidental, no dia 18 de setembro, com conexão em Marrocos, e chegou ao Brasil em 19 de setembro. Na quinta-feira (9), ele procurou a Unidade de Pronto Atendimento, em Cascavel (PR), relatando que estava com febre há dois dias.

Por estar dentro do período limite de incubação e ter vindo de um dos países com casos da doença, o caso foi classificado como suspeito. Agora, o paciente sairá do isolamento e o sistema de vigilância dos contactantes será desmontado.

Fonte: R7

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