Jô segue os passos do Imperador dentro e fora de campo

1Canhoto, alto, centroavante, atleta de seleção brasileira e está caindo na balada depois de juntar uma grana. Quem lê esta descrição pensa imediatamente em Adriano, mas se engana. Jogador do Atlético-MG, Jô anda seguindo os passou do Imperador dentro e fora de campo.

Adriano mal se destacou pelo Flamengo e foi vendido para à Europa, onde defendeu quatro clubes da Itália — Inter de Milão, Fiorentina, Parma e Roma —, mas só conseguiu sucesso no primeiro, em que realmente mostrou bom futebol. No restante, levou mais dor de cabeça do que gols…

Jô surgiu no Corinthians em 2004 e foi negociado com o CSKA já na temporada seguinte. Assim como Adriano, ele foi bem no primeiro clube, mas não emplacou nos demais times europeus que defendeu: Manchester City, Everton e Galatasaray.

A trajetória dos dois ao voltar ao Brasil também é semelhante. Adriano veio para o São Paulo e até foi bem, mas saiu do clube logo. Quando retornou ao País, vestiu a camisa do Flamengo e ajudou na conquista do título Brasileiro de 2009, marcando belos gols na reta final da competição.

Jô voltou para o Brasil contratado pelo Internacional, mas foi mal no clube gaúcho. Transferido para o Atlético-MG, ajudou o Galo a vencer a Libertadores de 2013, inclusive marcando gol na decisão contra o Olimpia-PAR.

Depois do título de 2009, Adriano ficou mais algum tempo no Mengão, mas acabou saindo do clube. Quando voltou mais uma vez ao Brasil, chegou como jogador do Corinthians. E foi no Timão que o Imperador começou a derrocada: ele ficou mais tempo no Departamento Médico do que em campo, faltou a treinos e acabou dispensado pela diretoria pouco depois de um ano da chegada. Sem clube, ganhou mais uma chance do Flamengo, mas não convenceu também pelos problemas extra-campo.

Quando parecia que mais nenhum clube brasileiro queria Adriano, o Atlético-PR resolveu assinar com o jogador, que foi eliminado da Libertadores deste ano com o Furacão. O mau resultado no torneio continental não foi um problema para o clube, mas as ausências nos treinamentos irritaram os dirigente, que rescindiram o contrato com o atacante após ele ser flagrado em um show da cantora Anitta no Rio de Janeiro e não se apresentar na Arena da Baixada no dia seguinte.

Jô também não conseguiu manter o ritmo da época da Libertadores no Galo. Ainda com contrato com o clube, ele está cada vez mais queimado, faltou a treinos e foi flagrado curtindo uma balada no Rio enquanto o time tinha compromisso pelo Brasileirão contra o São Paulo.

Adriano foi titular da seleção entre 2004 e 2006, sendo decisivo na Copa América e na Copa das Confederações. No Mundial da Alemanha, o Imperador formou o quadrado mágico brasileiro com Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Em 2010, quando vivia boa fase e poderia voltar a defender o Brasil em uma Copa, o atacante vacilou ao faltar em um treino do Flamengo quando o auxiliar técnico Jorginho foi à Gávea, sendo trocado por Grafite na última hora.

Jô já havia sido convocado algumas vezes, mas foi com Felipão que ganhou força na seleção. No time que venceu a Copa das Confederações em 2013 e deu vexame no Mundial deste ano, o centroavante era o reserva imediato de Fred. Com a eliminação para a Alemanha na semifinal, ele foi eleito pela torcida como um dos pernas de pau do elenco brasileiro e dificilmente voltará a vestir a amarelinha.

Como jogador de futebol, ambos têm características bastante parecidas: são canhotos, tem 1,90 m de altura e jogam como centroavante. Mas, a principal semelhança, atualmente, está na vida pessoal, afinal, os dois parecem ter desistido da bola para farrear…

Adriano, sem clube há mais de sete meses, é constantemente flagrado em noitadas e confusões. O atacante vive trocando de namorada e o copo de bebida é seu maior companheiro.

Quando jogou por Corinthians, Flamengo e Atlético-PR, não foram poucas as vezes em que o Imperador deixou de ir a treinos e compromissos dos times para aproveitar as noites com os amigos…

Amigos que nem sempre podem ser considerado como “boas companhias”. Adriano, que nasceu em uma comunidade pobre do Rio, já tirou fotos que acabaram nas redes sociais segurando armas pesadas.

Jô ainda é um iniciante se comparado a Adriano, mas já dá mostras de seguir os passos do colega de profissão. Depois de sumir do Atlético-MG recentemente, o atacante novamente desapareceu no último fim de semana e foi flagrado com amigos em uma festa no Rio de Janeiro, segundo informação do jornal Extra. O problema é que Jô havia pedido dispensa do Galo no fim de semana alegando problemas particulares.

O atacante também anda tendo dor de cabeça com as histórias de que teria um filho fora do casamento.

Adriano já parece um caso perdido e deve encerrar a carreira de forma melancólica no futebol. Mesmo assim, o jogador promoveu uma entrevista com sua própria assessoria de imprensa há duas semanas para falar que está bem, pretende voltar a jogar e anda dando maior atenção aos filhos…

Resta saber qual dos dois Adrianos Jô quer seguir: o que gostaria de voltar com tudo para o futebol ou o que prefere as baladas e a curtição.

 

Fonte: R7

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