Aumento da energia compromete 17,23% da inflação em setembro

155677_ext_arquivoO mês de setembro terminou com aumento no custo de vida da população maceioense. Segundo a pesquisa do Índice de Preço ao Consumidor (IPC), divulgada pela Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande), nesta sexta-feira (10), a variação chegou a 1,25% em relação ao mês anterior. O resultado foi comprometido, sobretudo, pelo reajuste tarifário de energia no Estado de Alagoas.

Com a nova definição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que subiu o valor da energia para 29,75%, o grupo de habitação liderou o crescimento inflacionário em setembro, com 6,47%, o que corresponde a 17,23% da inflação total. No mesmo segmento, o índice de aluguel, que nos últimos três meses apresentou deflação, sofreu um aumento de 0,2%.

“Não só o aluguel, mas o índices de energia elétrica, por exemplo, influenciou nesta variação. Apesar da definição do reajuste ter sido divulgada no mês de agosto, ela só foi computada agora em setembro, o que foi determinante para o acréscimo no valor da inflação total”, explicou o gerente do IPC da Seplande, Gilvan Sinésio.

Em contrapartida, mantendo-se estacionário desde o início do ano, o segmento de educação obteve uma variação mínima de 0,01%. “Esse número promete mudar com a chegada do mês de novembro, quando as escolas e faculdades começaram seu período de matrícula e a população gasta em materiais escolares e na mensalidade”, acrescenta Sinésio.

O grupo de comunicação também se manteve constante, com o mesmo aumento de 0,01%, o setor apresentou um crescimento inflacionário apenas no acesso à internet (0,31%).

Já o lançamento da coleção Primavera/Verão acabou prejudicado o segmento de vestuários. De acordo com a pesquisa, as calças masculinas (0,47%) e as femininas (0,40%) foram os produtos que mais sofreram aumento, enquanto os calçados e acessórios tiveram o menor crescimento do grupo, com 0,29%.

Cesta Básica – Ocupando um cenário diferente na pesquisa, a cesta básica apresentou um decréscimo de -0,94% em relação ao mês anterior. Isso porque produtos como o tomate, que costumavam ser o grande vilão inflacionário, obteve um pequeno aumento de 0,59%, assim como a variação de preço do pão francês (0,03%), do açúcar (0,05%) e do café (-0,07%), tendo em vista a chegada do período de safra.

Embora não tenha sido suficiente para aumentar a cesta básica, quem acabou expressando um crescimento considerável foi a carne (0,44%), principalmente em três tipos mais específicos: pá (8,34%), costela (6,82%) e chã de dentro (6,31%). “Neste mês, houve um crescimento no número de importações do produto, o que acabou contribuindo para sua variação, já que a oferta interna diminui”, destacou Gilvan Sinésio.

A compra dos itens básicos da alimentação comprometeu em 35,84% o salário mínimo, o que representa um total de R$ 259,48. Esse índice representa uma redução de -0,99%, comparado ao mês de agosto.

 

Fonte: Assessoria

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