Presídio Militar é construído com mão de obra carcerária

1A construção do novo Presídio Militar de Alagoas está sendo realizada por mão de obra totalmente carcerária e já está com 70% da obra concluída. A nova unidade faz parte do projeto de ampliação do sistema penitenciário realizado pela Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris), com recurso exclusivo do Governo do Estado.

O próximo passo é o acabamento da unidade, que terá capacidade para 56 reeducandos. Com a construção do Presídio Militar, será possível retirar alguns militares que se encontram cumprindo pena no Centro de Observação Criminológica (COC), no presídio Baldomero Cavalcanti, e colocá-los em uma unidade destinada apenas para ex-militares. O prédio terá todas as dependências necessárias para o funcionamento de um presídio, como parlatório, refeitório, além de áreas para saúde, educação, administração, entre outras dependências.

Segunda a chefe do Núcleo de Obras e Infraestrutura da Seris, Mônica Santos de Albuquerque, além de possuir uma estrutura resistente, a nova unidade vai oferecer acessibilidade para os deficientes físicos. “Construímos rampas e outros meios para que pessoas com deficiência não tenham dificuldade para entrar e transitar pelo presídio. Além disso, a unidade também está sendo construído com um material mais resistente, o que torna a unidade mais segura”, afirma.

Muitos reeducandos que trabalham na obra do Presídio Militar participaram de cursos ligados à área de construção civil que foram oferecidos no sistema prisional. É o caso do custodiado Luiz Antônio dos Santos, que afirmou que os cursos oportunizam ferramentas para que os reeducandos possam mudar de vida ao receberem a liberdade.

“Atualmente, o sistema prisional é muito diferente do que era no passado. Aqui, fiz cursos na parte de construção civil e de revestimento e cerâmica. Fazer parte da construção dessa nova unidade, desse projeto, é muito gratificante. Quando sair, quero continuar trabalhando nessa área e os cursos me deram conteúdo para isso”, concluiu Luiz Antônio.

 

Agência Alagoas

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