Sergipano condenado a 33 anos de prisão é preso num bar em Palmeira

Foi descoberto pela polícia, que o homem que atirou contra um jovem dentro do Bar Gota Dágua, no centro da cidade de Palmeira dos Índios, na madrugada do último domingo, (21), é um dos bandidos mais perigosos do estado de Sergipe.

Na delegacia, ele forneceu o nome falso de José Valdo da Silva, mas a Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), de Alagoas, descobriu a sua verdadeira identidade, Antonio Clívio Lima de Santana, 44 anos, conhecido como “Té ou Bracinho”. Condenado, com decisão Trânsito em Julgado, pelos crimes de furto, roubo majorado (qualificado), roubo, crime contra o sistema nacional de armas e crime de trânsito. Com o ocorrido no bar Gota D´agua, ele responderá também pelo crime de falsidade ideológica, porte ilegal de arma e tentativa de homicídio.

Após a descoberta da sua verdadeira identidade, o bandido, gozando da progressão da Pena, ou seja, liberdade assistida, foi encaminhado ao Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil de Sergipe, na tarde desta quinta-feira (25). O detento é suspeito, ainda, de planejar e contratar pessoas para executar assaltos a banco, dando todo suporte logístico aos executores.

Após a chegada de Clivio ao Cope de Sergipe, a Polícia Civil conseguiu prender, em Aracaju, a namorada dele, Randaika Santos, 25 anos, que tinha um papel ativo na quadrilha. Em um dos assaltos realizados na Caixa Econômica Federal de Maruim, cuja investigação é da Polícia Federal, às imagens do banco mostram Randaika armada dando proteção aos comparsas.

A Polícia Civil confirmou o envolvimento de Clivio nos assaltos aos bancos das cidades de Japaratuba, Ribeirópolis, Aquidabã, Siriri e General Maynard no estado de Sergipe. Das 16 explosões de caixas eletrônicos em Sergipe neste ano, a polícia acredita que em pelo menos 12 desses crimes, Clívio participou.

No último assalto realizado por seus comparsas ao Banese de Nossa Senhora de Lourdes, Clivio forneceu os detonadores e explosivos para concretizar o crime.

Em depoimento no Cope, Clivio não assumiu todos os crimes que são atribuídos a ele, embora a polícia tenha um farto conjunto de provas. Randaika confessou a participação no assalto de Maruim.

Em pesquisa realizada por este Portal, Estadão Alagoas, encontramos farto material jornalístico daquele estado, dando conta das ações criminosas do “inofensivo” Clívio:

“Em 2007, Antonio Clívio foi detido junto com uma quadrilha composta por 12 pessoas, após, a prática do roubo de mais de 30 caminhonetes que eram desmanchadas em falsas oficinas e as peças eram vendidas em um ferro-velho. Outros veículos foram levados para o Estado da Bahia, onde também eram comercializados com documentação falsificada”. 

“Em 2011, Antonio Clívio foi preso com mais três comparsas no povoado Bom Jardim, em São Cristóvão em Sergipe. Policiais militares logo após a prisão confirmaram que os acusados pretendiam resgatar um comparsa. Foram apreendidos com o acusado um revólver calibre 38, com seis munições intactas, cartões de crédito, dinheiro em espécie, documentos de veículos, provavelmente roubados pelo bando, folhas de cheque, relógios, celulares e algumas joias”.

“Antônio Clívio foi preso em 2012, como chefe de uma célula criminosa que agia nos Estados da Bahia e Sergipe. Era responsável pelos roubos de veículos e repassava o fruto do roubo para outro grupo criminoso que fazia a receptação e o desmanche dos veículos roubados”.

Agora, como pode um assaltante condenado em cinco Processos, com reincidência e penas, que somadas chegam há 33 anos de reclusão em penitenciária, goza de liberdade. Alguma coisa acontece.

Com a palavra; a JUSTIÇA SERGIPANA!

Redação Estadão