Ao Bom Dia Brasil, Marina explica choro: ‘sou sensível’
A candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, concedeu uma entrevista ao Bom Dia Brasil, em que explicou o fato de ter chorado diante de críticas recebidas do PT e do ex-presidente Lula, numa estratégia de vitimização que repercutiu mal junto aos eleitores e a fez perder votos.
“Ter enfrentado cinco malárias, três hepatites, uma leishmaniose, perder a mãe aos 14 anos, ter sido alfabetizada aos 16 anos, ter passado o que eu passei, vir me dizer que isso é fragilidade e não me pedir para não ter emoções, sinceramente… Já vi tantos líderes chorando e não é por isso que são mais fracos ou menos fracos”, disse ela. “Eu sou uma pessoa sensível, mas não se pode confundir sensibilidade com fraqueza. As pessoas que não se deixam emocionar, essas sim podem ser muito fracas”.
Na mesma entrevista, ela também defendeu bandeiras do agronegócio, setor que tem resistências a ela, como os transgênicos e a promessa de mais infraestrutura, sem entraves ambientais.
“O problema do agronegócio não é proteção do meio ambiente, não são índios e quilombolas. É a falta de infraestrutura, de hidrovias, de ferrovias, de termos estradas adequadas para o transporte, armazenagem e portos”. Sobre transgênicos, Marina disse que sempre defendeu um “modelo de coexistência”.
Em relação ao BNDES, ela repetiu um outro ponto polêmico, que lhe rendeu uma avanlanche de críticas nas redes sociais. Marina voltou a dizer que o BNDES “dá dinheiro a meia dúzia de empresários”.
“O que enfraquece os bancos é pegar o dinheiro do BNDES e dar para meia dúzia de empresários; uma parte deles falida, alguns que deram, enfim, um sumiço em bilhões de reais do nosso dinheiro… Esses sim, nós vamos parar com o mau uso”, afirmou.
Fonte: Brasil 247