EUA iniciam com países aliados os ataques aéreos contra o EI na Síria

7bvp6j1ui6_5yf640tki6_fileOs aviões da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos lançaram nesta terça-feira mais de 50 ataques contra alvos do grupo Estado Islâmico (EI) em várias províncias do norte da Sírias, onde causaram um número indeterminado de vítimas, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Os bombardeios ocorreram nas províncias de Al Raqqah – bastião principal do EI -, Deir ez Zor, Al Hasaka e Aleppo e afetaram também posições da jihadista Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria e que em princípio não era braço da coalizão que inclui, além dos EUA, as nações árabes da Jordânia, Qatar, Bahrein, Emirados Árabes e Arábia Saudita.

“Forças dos Estados Unidos e de nações aliadas começaram os ataques contra o EI na Síria usando uma combinação de caças, bombardeiros e mísseis Tomahawk”, anunciou no Twitter o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby.

 O Comando Central dos Estados Unidos tomou a decisão de iniciar os bombardeios sobre o EI nesta segunda-feira após receber a autorização de Obama, explicou Kirby em um breve comunicado no qual não detalhou mais informações sobre os ataques.

Em Al Raqqah, a aviação internacional lançou 20 bombardeios contra bases e postos de controle da organização extremista na cidade de mesmo nome, seu principal bastião no território sírio, e em sua periferia norte e oeste, assim como nas localidades de Tel Abiad, Tabaqa e Ain Aisa. Um dos alvos dos ataques foi a antiga sede do governo provincial de Al Raqqah, que o EI tinha transformado em um de seus quartéis mais importantes.

Nestes bombardeios, houve várias vítimas, entre elas extremistas, apesar de o EI ter evacuado suas bases na semana passada perante a iminência da ofensiva americana. Enquanto isso, em Deir ez Zor, os aviões internacionais efetuaram 22 ataques contra as bases do EI na cidade de Al Bukamal, fronteiriça com o Iraque, e seus arredores, e lançaram outros oito na periferia leste da cidade de Deir ez Zor.

O ativista Mohammed al Jalif, da opositora Rede Sham, explicou à Agência Efe pela internet que os bombardeios em Al Bukamal atingiram a Escola Industrial – uma das bases do EI na região – e vários silos e postos de controle dos jihadistas. Segundo Jalif, há um número indeterminado de mortos e feridos e os ataques causaram a destruição de muitos edifícios.

Com o início dos ataques na Síria já estão em andamento todas as operações da ofensiva contra o EI anunciadas por Obama em um solene discurso à nação no último dia 10 de setembro.

O presidente americano tinha resistido até este mês de setembro a atacar na Síria, onde há um ano se negou a intervir contra o regime de Bashar al Assad pelo uso de armas químicas.

O avanço nos últimos meses do EI, um grupo fortalecido na guerra civil da Síria, e a brutalidade de suas decapitações  de ocidentais obrigaram Obama a lançar uma nova operação militar no Oriente Médio após uma década de guerras no Iraque e Afeganistão, herdadas de George W. Bush.

Obama insiste que esta operação será diferente das anteriores porque em nenhum caso implicará no envio de tropas terrestres americanas, mas enfrenta o ceticismo dos que acreditam, inclusive dentro do Pentágono, que é impossível vencer o EI sem combates em terra.

Desde o anúncio da ofensiva em 10 de setembro, a Administração Obama e o Congresso dos Estados Unidos foram dando passos para materializar a estratégia desenhada pelo presidente.

No último dia 15 de setembro, os Estados Unidos lançaram o primeiro ataque contra o EI perto de Bagdá, com o envio de 475 militares, um número que completa um total 1.600 desde o início dos ataques aéreos no Iraque.

Até então a ofensiva americana contra o EI no território iraquiano tinha se limitado a posições dos jihadistas ao norte do país para proteger seu pessoal ou por razões humanitárias.

Três dias depois, o Congresso americano autorizou o armamento dos rebeldes sírios que lutam contra o Estado Islâmico, um “elemento-chave” para Obama em sua estratégia para conter o grupo jihadista.

O Estado Islâmico não só ganhou poder e terreno nos últimos meses, mas também visibilidade. Seus avanços no Iraque e as brutais decapitações de ocidentais comoveram o mundo e apresentaram este grupo como uma ameaça mais temível ainda que Al Qaeda.

Os Estados Unidos ampliaram a coalizão. Assim, os militares americanos não correm o risco de atuarem sozinhos.

França

Um cidadão francês foi raptado no leste da Argélia no domingo (21), informou o Ministério das Relações Exteriores da França.

Os sequestradores divulgaram um vídeo ameaçando matá-lo se Paris não interromper sua intervenção no Iraque.

Os Soldados do Califado, grupo ligado aos militantes do Estado Islâmico, assumiram a responsabilidade pelo sequestro e mostraram um homem que se identificou como Hervé Gourdel, de 55 anos, da cidade de Nice, no sul da França.

Fonte: R7

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