A velha artroscopia é a nova arma para tratar disfunções da ATM

152741_ext_arquivoVocê já sentiu alguns desses sintomas? Estalos ou travamento na mandíbula; zumbido ou tamponamento nos ouvidos; dores nos maxilares e no rosto? Esses sintomas podem ser sinal da chamada disfunção da articulação temporomandibular ou, simplesmente, ATM. A ATM é uma articulação que liga a mandíbula ao crânio.

A dica é procurar um cirurgião buco-maxilar de sua confiança, de preferência com especialização em ATM, pois a articulação responde por movimentos como mastigação, deglutição e fala.

Para quem sofre com o problema, a artroscopia vem sendo uma das alternativas para se livrar da doença. Conhecida na área ortopédica desde os anos 1970 para tratamento no joelho, a artroscopia vem sendo utilizada também em casos de disfunção da ATM. A Santa Casa de Maceió, inclusive, foi pioneira no uso desta técnica em Alagoas.

Conforme explica o cirurgião buço-maxilar Edmundo Melo Junior, a artroscopia traz avanços tanto no diagnóstico quanto no tratamento da disfunção. A artroscopia é uma cirurgia minimamente invasiva que permite a introdução de uma microcâmera, além de tesouras e pinças por meio de dois pequenos furos próximos à mandíbula afetada.

“O procedimento requer anestesia geral, mas é necessário apenas um dia de internação e o pós-operatório é muito mais simples que o da cirurgia tradicional”, explicou o cirurgião Edmundo Melo Junior, responsável pela introdução do procedimento a Santa Casa de Maceió agora em maio.

De cada dez pacientes que chegam ao consultório do especialista, apenas um possui indicação cirúrgica convencional. Quando incluímos a artroscopia, esse percentual sobe para 30%. Na maioria dos casos, entretanto, o tratamento é clínico, com reabilitação oral, uso de placas móveis de acrílico miorelaxantes e analgésicos para os momentos de crise.

Nos casos mais graves de completa destruição da ATM o cirurgião Edmundo Melo Junior utiliza um software para impressão em 3D que converte exames de tomografia da ATM em moldes, em tamanho real, produzidos com material sintético. O trabalho de impressão é realizado em empresas no Brasil ou no exterior.

Em seguida, o molde plástico é enviado para empresas especializadas onde o molde é convertido em prótese de titânio, para implantação no paciente. “A prótese em titânio é exatamente igual à estrutura óssea que precisa ser substituída”, finalizou o especialista.

 

 

Fonte: Assessoria

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