Executivo da Fifa é preso por denúncias de corrupção
A Fifa foi submetida a mais um constrangimento após um membro do comitê de fiscalização financeira da entidade ser preso sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro nas Ilhas Cayman.
Canover Watson, um dos oito membros do comitê de auditoria e fiscalização de normas da Fifa e vice-presidente da União Caribenha de Futebol, negou as acusações e foi solto sob fiança no território britânico.
O comitê da Fifa, chefiado pelo italiano Domenico Scala, tem a responsabilidade de assegurar a confiabilidade da contabilidade financeira da entidade máxima do futebol mundial.
A Fifa não respondeu imediatamente os pedidos de comentário feitos pela Reuters.
O comissário anticorrupção das Ilhas Cayman, David Baines, emitiu um comunicado no qual diz que Watson é suspeito de uma “quebra de confiança contrária à seção 13 da Lei Anticorrupção das Ilhas Cayman, bem como de abuso de cargo público… e conflito de interesses”.
As denúncias se referem ao período em que Watson foi diretor da Autoridade de Serviço de Saúde de Cayman e ocorre após uma investigação sobre introdução de um sistema de cartões magnéticos. Baines também faz referência, no caso Watson, a uma suspeita de lavagem de dinheiro.
“Nego as acusações. No devido tempo, na hora certa e no fórum apropriado, eu anseio por expor minha posição em maior detalhe”, disse Watson em comunicado no jornal Cayman Compass.
As Ilhas Cayman se tornaram um centro de poder dentro da região da Concacaf, confederação que gere o futebol nas Américas Central e Norte, além do Caribe.
O presidente da Concacaf é o vice-presidente da Fifa Jeffrey Webb, que também é presidente da Associação de Futebol das Ilhas Cayman, cujo tesoureiro é Watson.
Webb assumiu a presidência da Concacaf após a renúncia de Jack Warner, de Trinidad e Tobago, que esteve envolvido com várias supostos casos de corrupçã