Veterinária alerta para prevenção do câncer em cães e gatos

905009-vacina_caes_gatos_df_7598A cada semana, o Hospital Universitário de Medicina Veterinária Professor Firmino Marsico Filho (Huvet), da Universidade Federal Fluminense (UFF), faz até 30 cirurgias em cães e gatos, sendo que em 50% delas, os animais têm algum tipo de câncer. Um dos mais comuns é o de mama, segundo a professora Maria de Lourdes Gonçalves Ferreira. Para a especialista, uma das formas de reduzir o risco de câncer de mama nos bichos é a castração.

De acordo com a professora, estudos internacionais indicam que se o procedimento em cadelas for feito antes do primeiro cio, a probabilidade de desenvolvimento de tumor de mama é 0,05%. O percentual sobe para 8% se for após o primeiro cio e para 26% antes do terceiro. “Não se anula porque tem outros fatores para desenvolver o câncer em qualquer espécie, mas em veterinária ele tem um componente hormonal importante. Então, quanto menos tempo a fêmea ficar sob a ação hormonal, menor a probabilidade de desenvolver o câncer de mama”, explicou.

Segundo a médica veterinária, não é possível dimensionar a quantidade de animais com a doença no Brasil, porque muitos nunca passaram por um atendimento clínico. Mesmo sem números precisos, a professora avalia que a ocorrência é bastante frequente, principalmente, em cadelas com mais de 8 anos de idade.

O setor de Cirurgia e Oncologia do Hospital Universitário de Medicina Veterinária da UFF atende cadelas e gatas com a doença, e também as que sofrem de outros cânceres. O hospital funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h, na Avenida Almirante Ary Parreiras, 507, no bairro de Santa Rosa, Niterói.

Para orientar sobre os cuidados que devem ser tomados e a forma de prevenção da doença, o Huvet promove hoje (6) uma campanha de prevenção no Campo de São Bento, em Icaraí, Niterói.

Maria de Lourdes informou que os donos dos animais vão receber informações sobre os tipos de exames que devem ser feitos, como funciona a quimioterapia e quais sintomas precisam ser observados para o diagnóstico. “O objetivo da campanha é informação. Não vai ser feito atendimento de animal. Não vai ter consulta até porque isso é proibido pelo Conselho de Medicina Veterinária”, explicou.

A campanha é uma ação do hospital, com a Pró-Reitoria de Extensão, dentro do projeto de atendimento clínico, cirúrgico e oncológico em veterinária. A ideia da equipe é tornar a iniciativa anual.

 

 

Agência Brasil

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