Terceiro suspeito de torturar jovem em Maceió confessa crime à polícia
O terceiro suspeito de participar da tortura de um jovem, que envolve um policial militar, no bairro de Mangabeiras, em Maceió, confessou que era ele quem estava encapuzado no apartamento. Segundo a delegada Liana Franca, o rapaz que aparece nas imagens de circuito interno do prédio, identificado apenas como Wilson, disse que ajudou o soldado Marcos Antônio de Moraes, 39, a violentar a vítima com um cassetete.
Wilson foi interrogado no início da semana no 2º Distrito Policial, no bairro de Jatiúca, onde o caso está sendo apurado. “Ele me disse que está arrependido e que não sabia que a vítima era um rapaz de bem. Me disse ainda que o militar tinha falado que se tratava de um vagabundo e que queria dar um corretivo nele e, assim que percebeu que não era nada disso, se arrependeu”, relata a delegada.
Liana Franca informou à reportagem do G1 que deve indiciar Wilson nos próximos dias e ainda ouvirá mais uma pessoa no caso.
Entenda o caso
Um soldado da Polícia Militar de Alagoas e a namorada foram presos suspeitos de torturar um jovem no bairro de Mangabeiras, em Maceió. Segundo a polícia, o soldado Marcos Antônio de Moraes, 39, e a namorada Joseane Eunice Silva dos Santos, 20, teriam feito uma armadilha para torturar um jovem porque ele ameaçava publicar fotos íntimas da namorada do militar com quem já havia namorado. A vítima, que é filho de um policial civil, denunciou o caso à polícia na noite do dia 6 de agosto.
De acordo com o delegado Alexandre César, que recebeu o flagrante, Joseane teria namorado a vítima no período que ficou separada de Moraes. Quando o namoro com o soldado foi reatado, o jovem teria ameaçado publicar fotos íntimas que recebeu dela por meio de um aplicativo de smartphone.
Joseane teria marcado um encontro com a vítima em um apartamento, onde aconteceram as agressões. Segundo a denúncia, quando o rapaz chegou, um homem encapuzado e o policial militar o aguardavam e começaram as agressões.
A polícia informou que a vítima foi dopada e teve um objeto introduzido no ânus. Após ser socorrido e medicado, a vítima procurou a polícia para denunciar o caso. Segundo a delegada Liana Franca, o exame de corpo de delito constatou que a violência sexual, provalvemente, foi causada por um cassetete.
Fonte: G1 – Al