Após lancha naugrafar, pai e filho fazem “selfie” enquanto esperam resgate

20140903111823429685oPai e filho ficaram à deriva por cinco horas após a lancha naufragar no Rio Tapajós, no Pará. Antônio Ximenes de Aguiar, de 41 anos, e Artur Rafael Ximenes de Aguiar, de 11 anos, saíram da Vila de Alter do Chão e seguiam para a comunidade Amorim, em Belterra, quando o incidente ocorreu.

Com o celular protegido em um recipiente impermeável, Antônio conseguiu contato com a polícia, que informou a Marinha sobre o naufragio. Confiante de que seria salvo, Antônio fez uma “selfie” com o filho ainda de dia. Segundo relato das vítimas, a lancha não conseguiu estabilidade com os fortes ventos e afundou por volta das 16h dessa segunda-feira (1°/9).

Após o resgate ser acionado, o comandante da Capitania Fluvial de Santarém, Robson Oberdan, conta que as buscas duraram cerca de 3h até a dupla ser encontrada. A capitania conseguiu encontrá-los já a noite, por volta das 21h. A dupla foi encontrada sem ferimentos a cerca de 10 km da costa. “Apesar de estar escuro, os dois estavam com uma lanterna e viram a lancha de longe, o que ajudou o resgate”, explicou Oberdan.

Segundo Oberdan, os casos de naufrágio são muito comuns na região. De janeiro a setembro, já foram registrados nove vítimas fatais em casos semelhantes, mas nesses casos as vítimas não usavam colete salva-vidas. O comandante da capitania conta que sem os coletes, provavelmente, eles não teriam sobrevivido.

Um inquérito foi instaurado para investigar as causas do incidente e averiguar a documentação da embarcação e a habilitação de Antônio. O laudo pericial deve ficar pronto em 90 dias.

 

 

Fonte: Diário De Pernambuco

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