Técnicos começam a inspecionar metralhadoras da PM de Alagoas

dsc01831_1Três técnicos da empresa Taurus começaram a inspecionar, na manhã desta quarta-feira (3), todas as metralhadoras adquiridas pela Polícia Militar alagoana que estavam sendo usadas desde 2012 para descobrir se há alguma falha nos equipamentos. A  equipe da empresa com sede no Rio Grande do Sul veio ao estado após a morte da soldado Izabelle Pereira dos Santos, atingida por 17 tiros quando fazia rondas no bairro do São Jorge, em Maceió, no último fim de semana.

A inspeção acontece na sede da Cavalaria da Polícia Militar, no bairro de Bebedouro. Os representantes do fabricante, dois engenheiros de produção e o chefe da assistência, não puderam ser fotografados ou identificados por questões de segurança. Eles tentam identificar possíveis defeitos nas armas, já que, segundo os militares que estavam com a vítima na viatura, os tiros que atingiram a soldado foram disparados acidentalmente.

Para os testes, cinco oficiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) estão realizando disparos, que são analisados pelos engenheiros. Segundo a assessoria de comunicação da PM, até as 11h, sete armas haviam apresentado defeitos individuais. As armas foram recolhidas para inspeção pelos técnicos da Taurus e um relatório posterior será divulgado sobre os problemas identificados.

A metralhadora que atingiu a soldado foi adquirida, com outras 49 do mesmo modelo (G2 Tauros .40), em 2012 pela PM de Alagoas. Segundo a assessoria, os equipamentos já haviam passado por testes do fabricante e do Exército Brasileiro antes de serem comercializados no país. Ao chegar ao estado, elas passaram por uma avaliação de um especialista da PM antes de serem distribuídas à corporação.

Como a arma que atingiu a soldado já foi encaminhada para perícia do Instituto de Criminalística (IC), os testes são feitos nas outras que estavam sendo usadas por equipes da Radiopatrulha e do Bope. Na segunda-feira (1), o comando da PM determinou que todas as metralhadoras fossem recolhidas e entregues no Centro de Manutenção e Armamento do Quartel Geral da PM.

Entenda o caso
A soldado Izabelle Pereira dos Santos foi atingida por 17 tiros de metralhadora nas regiões do braço, axila e abdômen durante rondas, na noite do último sábado (30).

De acordo com o major J. Cláudio, da PM, militares que estavam na guarnição com a vítima afirmaram que arma, que estava posicionada no chão da viatura e travada, disparou acidentalmente.

Após o incidente, a soldado foi levada em estado grave para o Hospital Geral do Estado (HGE), no bairro do Trapiche da Barra, onde foi submetida a três cirurgias. No fim da manhã de domingo (31), entretanto, o Serviço Social do hospital confirmou que a vítima não havia resistido aos ferimentos.

A viatura da Radiopatrulha em que a soldado estava quando foi baleada está recolhida no pátio do Instituto de Criminalística (IC). Segundo a assessoria de comunicação do IC, devem ser emitidos três laudos sobre a ocorrência.

O primeiro, acerca das condições do veículo, o segundo, a partir da perícia da arma que disparou contra Izabelle, e um terceiro laudo que será elaborado a partir da necropsia no corpo da vítima. Todos os laudos terão um prazo de 10 dias para conclusão, podendo ser prorrogado por até 30 dias.

 

 

Fonte: G1

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