Maceió desperdiça 60% da água para consumo
Alagoas247 – Um levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil mostra que Maceió está entre as capitais do Brasil que mais perdem água tratada para consumo. O desperdício alcança 60% e os dados foram colhidos entre os anos de 2011 e 2012. A capital alagoana não reduziu quase nada dessa perda neste período.
Para piorar a situação, Maceió trata menos de 40% do esgoto produzido, jogando todo o restante na natureza, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (27). O percentual fica em 38,75% e também corresponde aos anos de 2011 e 2012.
De acordo com o instituto, as perdas de água são decorrentes de vazamentos, erros de medição, ligações clandestinas e outras irregularidades. Das 100 maiores cidades brasileiras, 90 não conseguiram reduzir as perdas de água. Nestes municípios, a redução das perdas foi nula ou de até 10%.
Os dados do estudo são do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. A última atualização é referente a 2012.
O ranking considera perda aquela água que foi tratada e fornecida para consumo, mas que não foi cobrada porque se perdeu em vazamentos, foi roubada em ligações clandestinas ou teve erros na medição. Sem o retorno do dinheiro gasto com energia e produtos químicos para tratar a água, as empresas investem menos na melhoria do sistema.
Segundo o levantamento, em 62 das 100 cidades analisadas, se perdeu entre 30% e 60% da água tratada para consumo no ano de 2012. Em cidades como Porto Velho e Macapá, a cada 10 litros de água produzidos, 7 eram perdidos. Somente quatro cidades conseguiram manter as perdas abaixo de 15%.
Desde 2009, o Instituto Trata Brasil elabora o ranking que avalia as condições de saneamento básico em 100 cidades brasileiras com mais de 250 mil habitantes. São analisados critérios como rede de fornecimento de água potável, coleta e tratamento de esgoto, além das perdas de água.
Saneamento
O ranking do saneamento mostra a situação de 100 municípios brasileiros com mais de 250 mil habitantes e tem como base os dados do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), do Ministério das Cidades. A última atualização é referente ao ano de 2012.
Segundo o instituto, o equivalente a 2.959 piscinas de esgoto foram despejadas por dia na natureza em 2012 devido à falta do serviço de tratamento nestas cidades. Cada piscina comporta, no mínimo, 2,5 milhões de litros.
O levantamento é feito desde 2009 e também considera quesitos como percentual da população abastecida com água potável e a perda do recurso no sistema de saneamento. Os dados do estudo apontam que o tratamento de esgoto ainda não é uma prioridade das administrações públicas. Em 29 dos municípios, o serviço de coleta de esgoto chegava a menos da metade da população em 2012.
Gazeta