PSDB mira nos dissidentes de Marina para crescer

images_cms-image-000389159Alagoas247 – As lideranças da campanha do candidato à Presidência pelo PSDB, Aécio Neves, estão apostando na conquista de novos apoios políticos de insatisfeitos com a candidata do PSB, Marina Silva. Contatos iniciais já ocorreram com o senador Benedito de Lira (PP), que disputa o governo de Alagoas, e com Nelsinho Trad, do PMDB em Mato Grosso do Sul.

No caso de Alagoas, Eduardo Campos costurou o apoio do senador ao levar a sigla e indicar como candidato a vice-governador o usineiro e deputado federal Alexandre Toledo (PSB). Após a tragédia que vitimou Campos, Benedito de Lira procurou o governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB), para negociar a renúncia do candidato a governador pelo PSDB, Júlio Cezar, oferecendo como contrapartida o apoio a Aécio. Como a resposta foi negativa, o senador Benedito de Lira tenta costurar esse apoio diretamente com o comando nacional dos tucanos.

É que ele já havia sido informado – desde que Marina Silva foi escolhida como vice – que ela não viria a Alagoas nem subiria em seu palanque porque o filho dele, o deputado federal Arthur Lira, é réu em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) enquadrado na Lei Maria da Penha acusado de agressão a sua ex-mulher. O segundo motivo especulado foi a amizade e aliança da ex-ministra com a candidatura ao Senado de Heloísa Helena, do PSOL, e de Mário Agra ao governo do Estado.

São esses problemas que tem alimentado de esperança e expectativa os coordenadores da campanha do PSDB. Eles acreditam, também, que outros dissidentes irão se aproximar naturalmente da candidatura tucana, como é o caso da família Borhausen, em Santa Catarina, e de parte do PMDB gaúcho vinculados ao agronegócio. Esses setores discordaram da presença de Marina Silva como substituta de Eduardo Campos.

Essa tem sido uma das motivações passada aos aliados de Aécio Neves pelos coordenadores da campanha. O objetivo é afastar o clima de pânico provocado com Marina ultrapassando Aécio na corrida presidencial. O tracking da campanha tucana realizado ontem (22), por exemplo, apontava Dilma Rousseff com 36%, Marina com 24% e Aécio parado com 20%.

Portanto, no campo tucano as palavras de ordem têm sido resistir à liderança mantida por Dilma Rousseffe e ter esperança que a avassaladora Marina Silva, contaminada pela emoção da tragédia que vitimou Campos, será beneficiada apenas até setembro.

Outro fator que parece fortalecer as esperanças dos tucanos é a questão do jatinho que caiu com Eduardo Campos. A investigação sobre a propriedade, e por estar sem registro de doação para campanha, pode atingir gravemente Marina Silva, que também o utilizava.

 

Brasil 247

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