Isolado, Benedito de Lira implora pelo apoio de Aécio Neves
Por Roberto Gonçalves
Rejeitado por Marina Silva, o candidato ao governo de Alagoas pelo PP, senador Benedito de Lira, empenha esforços para atrair o presidenciável Aécio Neves (PSDB) para seu palanque.
Benedito de Lira vinha apoiando o nome de Eduardo Campos (PSB) para presidente, por ter como vice o peessebista Alexandre Toledo. O divórcio consumou-se na semana passada, quando Marina Silva, substituta de Campos na disputa, ganhou o aval do PSB para continuar sem subir em palanques e fazer campanha para candidatos com os quais ela não tem afinidade política.
Preocupado com as finanças de campanha e tentando fugir do isolamento político que a tragédia que vitimou Eduardo Campos lhe meteu, Benedito de Lira corre contra o tempo para tentar demover o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) de sua aposta em Júlio Cezar para sucessão estadual.
O desespero de Biu não é segredo. Nesta sexta-feira, 22, ocupou espaço nos principais jornais do país. Na coluna Painel Político, de O Globo, assessores de Lira e Toledo confidenciam que o nome de Marina não enfrenta rejeição alguma por parte da coligação. Agora, se a presidenciável aceitará estar ao lado de Lira, isso ninguém arrisca dizer. O mesmo jornal traz uma matéria especial sobre Marina e o futuro dos acordos nos palanques regionais feitos por Campos, que reforça a teoria de que a presidenciável “não aceitará estar ao lado de Lira”.
Já a coluna de Denise Rothenburg, do Correio Braziliense, confirma o fracasso da estratégia de Benedito de Lira de procurar a Executiva Nacional do PSDB para tentar convencer Vilela a desistir da candidatura de Júlio Cezar.
“Foram dias de pressão por parte do candidato a governador de Alagoas do PP, senador Benedito de Lyra (PP-AL), para que o atual governador, Teotonio Vilela Filho do PSDB, retirasse a candidatura do jornalista Júlio Cesar ao governo estadual e apoiasse os pepistas. Teo não topou”, diz a nota.
Enquanto não desiste de cortejar Aécio Neves e Teotonio Vilela, o pepista explora, sem constrangimento, a imagem de “promissor estadista e homem público de maior qualidade” de Eduardo Campos em seu programa eleitoral.