Papa Francisco chega à Coreia do Sul para visita de cinco dias
O Papa Francisco chegou na manhã desta quinta-feira (14) a Seul, na primeira visita de um Sumo Pontífice à Coreia do Sul em 25 anos, destinada a reforçar o crescimento do catolicismo na Ásia. O avião pousou às 10h15 local (22h15 Brasília) no Aeroporto de Incheon, onde o religioso foi recebido pela presidente sul-coreana, Park Geun-Hye.
Francisco chega à Coreia para “se dirigir a todos os países do continente” com uma mensagem sobre “o futuro da Ásia”, informou o número dois do Vaticano, o secretário de Estado Pietro Parolin, em entrevista prévia à viagem.
O Papa celebrará uma missa “pela paz e a reconciliação” na península coreana na catedral Myeong-dong de Seul, em 18 de agosto, quinto e último dia de sua visita à Coreia do Sul.
Trata-se da terceira viagem internacional do papado de Francisco, iniciado em março de 2013, após Brasil e Oriente Médio.
Esta é a primeira visita de um Papa à Ásia em um quarto de século: João Paulo II esteve em 1984 e 1989 na Coreia do Sul, mas Bento XVI jamais viajou ao continente.
Os católicos representam 10,7% da população sul-coreana. O Papa fará um apelo à reconciliação entre as duas Coreias, divididas desde 1953, e se encontrará com delegações da juventude católica asiática.
Segundo a Santa Sé, os três objetivos da visita são: a mensagem para a evangelização da Ásia, a beatificação de 124 mártires do início do cristianismo na Coreia – uma maneira de honrar a resistência dos cristãos asiáticos diante de numerosas perseguições – e lançar uma mensagem pela reconciliação entre o sul capitalista e o norte comunista, onde há uma “Igreja do silêncio”, que sofre controle e perseguições.
Lançamento de mísseis
As autoridades de Pyongyang, que não permitiram a viagem de católicos norte-coreanos para encontrar o Papa, dispararam três projéteis de curto alcance em direção ao mar nesta quinta, segundo o governo em Seul. “A Coreia do Norte fez três disparos de curto alcance sobre o Mar do Leste (Mar do Japão)”, declarou um porta-voz do ministério sul-coreano da Defesa.
Fonte: G1