Nutricionista afirma que alimentação adequada evita doenças em bebês
É comum as gestantes ouvirem que “mulher grávida tem que comer por dois”. Na verdade, isso não passa de um mito, segundo a nutricionista da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Sybelle Araújo, que alerta as mulheres para cuidarem da alimentação durante a gravidez, visando garantir uma boa nutrição para elas e o bebê.
A nutricionista orienta que a gestante deve evitar massas, doces, frituras e comidas gordurosas. De acordo com Sybelle Araújo, é saudável a ingestão de proteínas, carboidratos, lipídeos e micronutrientes (vitaminas e minerais), que devem ser distribuídos, ao longo do dia, em cinco ou seis refeições balanceadas.
“O fracionamento da alimentação ajuda a reduzir os sintomas típicos do início da gestação, como os enjoos e ânsias de vômito”, informa a nutricionista. Ainda segundo ela, as modificações fisiológicas na gestante exigem mais micronutrientes. “Assim, para evitar a anemia, a mulher deve ingerir ferro, item presente na carne vermelha, fígado e feijão, por exemplo”, reforça.
Com 17 semanas de gestação, a pedagoga Rosário Almeida, que possuía uma alimentação regrada por ser corredora de rua, está com dificuldades para se alimentar nesse início de gestação devido aos enjoos e ânsias de vômito. “Na minha primeira gravidez perdi peso; Dessa vez estou engordando porque substitui a minha dieta nutritiva por uma alimentação repleta de gorduras”, confessa.
A pedagoga explicou que os sintomas inconvenientes do início da gestação impediram-na de manter sua alimentação regrada, passando a ingerir alimentos “fast foods”. “Agora que esses sintomas estão mais amenos, vou à nutricionista para readaptar a minha alimentação”, disse ela, que até tentou comer frutas, como ameixa e abacaxi, de maneira fracionada, e pretende voltar com as caminhadas.
Lactante
A nutricionista Sybelle Araújo orienta que durante a gestação a mulher não deve comer por dois, mas consumir pelos dois os nutrientes essenciais para a saúde da mamãe e do bebê. No entanto, quando começa a amamentar, a alimentação da mãe requer mais energia para a produção do leite, devendo assim aumentar a ingestão de líquido e alimentos calóricos e proteicos.
O acompanhamento contínuo do estado nutricional da mulher durante a gestação e no período da amamentação tem a contribuição do governo, por meio de programas que envolvem as três esferas do Executivo, para garantir uma alimentação adequada e saudável que supra as necessidades nutricionais.
Como a mãe transfere para o feto certa quantidade de ferro com a evolução da gravidez, a mulher precisa da suplementação de ferro para evitar a anemia. Depois do parto, por causa do sangramento, e durante a amamentação, a mulher também pode precisar do sulfato ferroso.
Por essa razão, o Programa de Suplementação de Sulfato Ferroso garante à mulher, a partir do terceiro mês e até o fim da gestação, um comprimido para evitar a anemia. Puérperas e mulheres que passaram por aborto também recebem a suplementação até o terceiro mês após o parto ou aborto.
A nutricionista da Sesau informa também que, além do sulfato ferroso, as gestantes recebem o ácido fólico, que é uma vitamina do complexo B. Ela evita a má-formação do tubo neural do bebê que está começando o seu crescimento e desenvolvimento dentro da barriga.
Já pelo Programa de Suplementação da Vitamina A, a puérpera recebe uma dose de 200 UI (unidade na cápsula) antes da alta hospitalar para se preparar para o momento da amamentação. “Essa vitamina é essencial para ajudar as mulheres com baixa concentração de retinol no leite humano”, lembra SybelleAraújo.
Fonte: Agência Alagoas