Com os filhos,Ademir comemora o dia dos pais no CRB
Este domingo é dia de celebras os pais. Data especial para se estar junto daqueles que, na maioria das famílias brasileiras, dedicam maior parte do tempo ao trabalho, deixando de lado esposa e filhos. Em função dos diversos compromissos, num mundo cada vez mais exigente, os momentos familiares têm se tornado quase uma raridade. Porém, em parte da comissão técnico do Clube de Regatas Brasil essa situação é inversa. É que o técnico Ademir Fonseca tem o privilégio de contar no seu grupo de trabalho com dois dos seus quatro filhos. Enquanto Wilander é auxiliar técnico do pai há sete anos, Winnicius Fonseca desempenha um trabalho de analista, avaliando os adversários, filmando os treinamentos e estudando as estatísticas já há quatro temporadas. É literalmente um trabalho em família.
Orgulhoso com o trabalho desenvolvido pelos jovens, o treinador falou, em entrevista ao GloboEsporte.com, como é contar com o auxílio dos filhos à frente das equipes que comanda.
Ademir, na condição de pai, como é trabalhar no mesmo ambiente com dois filhos?
– O ambiente é de muita serenidade e confiança. Ao mesmo tempo, somos muito profissionais. O trabalho é de cumplicidade e justamente por serem meus filhos a lealdade é ainda maior.
Pelo fato de ser pai, o trabalho flui com mais facilidade ou, pelo contrário, isso atrapalha de alguma forma, pois aumenta a responsabilidade?
– Não existe pressão ou responsabilidade. Trato todos de maneira profissional. Cada um sabe o que tem que fazer para a engrenagem funcionar. Felizmente, desde que a parceria foi lançada, conseguimos muitas vitórias, inclusive o título alagoano de 2013.
Como líder de uma comissão técnica, a cobrança sobre os filhos é maior do que seria com outros profissionais?
– Eles são profissionais e são cobrados da mesma forma. Não existe qualquer tipo de favorecimento. Confio no trabalho deles e nos resultados que sempre foram satisfatórios.
E quando está em casa, o papo ainda é trabalho ou na hora da folga o ambiente é mais familiar?
– Com certeza, é mais familiar. A gente pouco fala de trabalho em casa. Claro, que existem exceções, para discutir algum planejamento, mas em casa é a hora do descanso.
Você incentivou a entrada deles no futebol ou foi algo que aconteceu naturalmente?
– Nunca houve pressão, simplesmente aconteceu. Willander e Winnicius estudaram educação física, no Rio de Janeiro, no mesmo local que estudaram Luxemburgo, Autuori, Antonio Mello, Paulo Paixão, entre outros. Depois se prepararam, ao cursarem pós-graduação em treinamento desportivo. Enfim, eles sempre se interessaram pelo futebol e, depois que se prepararam, ingressaram na comissão.
Com toda sua experiência, quais os principais ensinamentos profissionais que você passa para eles?
– Postura, dedicação e disciplina. Acho que são as três premissas básicas para um bom comandante, seja no futebol ou na vida.
Algum deles já pensa em seguir a carreira de técnico de futebol?
– No momento, Willander tem essa intenção. De qualquer forma, tem os gêmeos que são o futuro da família dentro de campo (risos). Willander e Winnicius não quiseram jogar profissionalmente como o pai, mas os dois são loucos por futebol. Inclusive, já jogaram futsal pelo Fluminense.
Fonte: Globo Esporte