Alunos de Lagoa da Canoa apredem técnica para cultivo de hortaliças
O município de Lagoa da Canoa é um dos que mais sofrem com a seca, e a escassez de água prejudica diretamente o plantio de hortaliças. O problema se tornou o assunto principal para 35 estudantes de uma escola pública da cidade do Agreste alagoano. Na última quarta-feira (6), eles conheceram uma horta hidropônica, que permite o cultivo de plantas na água, no Instituto Federal de Alagoas (Ifal), em Satuba.
A visita teve articulação do Arranjo Produtivo Local (APL) Horticultura no Agreste, que é um dos 10 arranjos selecionados para participar da Pesquisa-Ação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal). O projeto promove uma ligação da realidade dos alunos com as disciplinas aplicadas em sala de aula e a atividade do APL, permitindo o ensino prático de matemática, biologia, entre outras matérias.
Segundo o gestor do APL Horticultura no Agreste, Humberto Sant’Anna, a cultura hidropônica é bastante interessante para os alunos, além de beneficiar os produtores. “Com essa visita podemos, ao mesmo tempo, abordar a questão da seca, uma solução viável para esse problema e ainda ter um espaço para o aprendizado das disciplinas regulares. Esses alunos também são filhos de agricultores, o que torna mais importante o conhecimento da técnica”, disse.
Ainda de acordo com Sant’Anna, o Ifal de Satuba foi escolhido para visita porque recentemente adquiriu a tecnologia hidropônica. “A maioria dos estudantes nunca tinha ouvido falar sobre esse tipo de sistema, então era imprescindível que eles conhecessem a técnica de perto, com a explicação de um professor especialista no tema, assim terão mais facilidade para aprender sobre o tema”, completou.
No encontro, também estiveram presentes três professores e nove alunos bolsistas da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A partir do conhecimento sobre a cultura hidropônica, os envolvidos no projeto vão montar uma estrutura na escola para produzir hortaliças, adaptando as necessidades e a realidade vivida na região.
Fonte : Agência Alagoas
