Pai de criança atacada por tigre pode responder por lesão

20140802093147364911eO pai do menino atacado por um tigre em um zoológico em Cascavel, no Paraná, pode responder por lesão corporal, caso seja entendido que houve negligência no cuidado com a criança. A Polícia Civil investiga tanto a responsabilidade dele quanto da guarda patrimonial do local. O inquérito foi instaurado ainda na última quarta-feira, data do acidente. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também pediu explicações ao zoológico a respeito das condições do animal antes e depois do acidente.

A história do garoto que perdeu um braço ao ser atacado por um tigre repercutiu internacionalmente, em particular, na Inglaterra. Após passar por uma cirurgia de amputação do braço na altura do ombro, o menino permanece internado sob observação. O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) informou que o quadro dele é estável e a previsão de alta é para terça-feira.

O menino de 11 anos foi ao zoológico acompanhado do pai. Filmagens feitas por visitantes mostram o momento em que o garoto, dentro de área proibida, brincava com os felinos, correndo para os lados, tentando acariciá-los e alimentá-los. Depois de atacado pelo tigre, a criança foi atendida rapidamente. O Daily Mail , um dos maiores jornais britânicos, destacou a postura do pai no episódio. “Menino de 11 anos tem a mão arrancada por um tigre em zoológico brasileiro depois que o pai passou-o por cima de barreira de segurança para acariciar o animal em sua gaiola.” Já o Mirror publicou que “menino tem a mão rasgada por tigre depois de alimentar o animal em um zoológico”.

Segundo o veterinário do zoológico, o animal já havia dado sinais de irritação. Valmor dos Passos disse que o animal é dócil, desde que tenha o espaço dele respeitado. Isso significa evitar proximidade e movimentos bruscos. “Quando o menino corre em frente à grade, o tigre o vê como uma presa, uma caça. Ele estava muito irritado e, a qualquer momento, iria agredi-lo”, afirmou ao portal G1. O profissional tirou conclusões após assistir imagens dos momentos anteriores ao ataque. Passos acredita que o felino pode ter se sentido confrontado com a presença e algumas atitudes do menino. “Ao correr de um lado para o outro e urinar na grade de proteção, o tigre está demarcando o território dele”, explicou.

Fonte : Correio Braziliense

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