Holanda começa a receber corpos de vítimas do voo MH17

140723061440_mh17_mourning_netherlands_512x288_epaA expectativa é que os restos mortais das vítimas cheguem a Eindhoven às 16h do horário local (11h de Brasília), após uma cerimônia de despedida com a presença de autoridades ucranianas na cidade de Kharkiv.

A família real holandesa e do primeiro-ministro Mark Rutte se reunirão no avião que transportará os corpos. O processo de identificação pode “levar semanas ou até meses”, segundo Rutte.

O país decretou nesta quarta-feira dia de luto nacional em homenagem aos 298 mortos, dos quais 193 eram holandeses.

Os primeiros 200 corpos retirados do local da queda chegaram a Kharkiv na terça-feira em um vagão de trem refrigerado.

A operação para encontrar mais corpos e garantir a integridade das provas no local do acidente continua.

Os registros de dados do voo, as chamadas caixas-pretas, foram entregues às autoridades holandesas pela Malásia. Os dispositivos serão enviados para análise em Farnborough, na Grã-Bretanha.

‘Engano’

Bandeira holandesa está hasteada a meio mastro nesta quarta-feira em homenagem aos mortos

O avião caiu em uma área do leste da Ucrânia controlada por rebeldes ligados à Rússia, supostamente após ser atingido por um míssil.

Funcionários da inteligência dos EUA disseram acreditar que os rebeldes abateram o jato por engano, mas não encontraram qualquer ligação direta com a Rússia.

“Passados cinco dias, parece ter sido um erro”, disse a jornalistas uma alta fonte do governo americano sob condição de anonimato.

“A explicação mais plausível” para o incidente, disse o porta-voz, é que os rebeldes tenham confundido o avião civil com outra aeronave.

As autoridades disseram que suas descobertas foram baseadas, em parte, em postagens de redes sociais e vídeos divulgados nos últimos dias.

Ainda assim, os EUA responsabilizaram a Rússia pelas condições que levaram ao incidente.

Umas das aeronaves que transportará os corpos é esse boing da Força Aérea australiana

Países diretamente afetados pelo desastre, como Holanda, Austrália e Grã-Bretanha, têm manifestado preocupação com o fato de o local não ter sido devidamente isolado para proteção de provas sobre as causas da queda.

Enquanto isso, o conflito entre as forças do governo e rebeldes ucranianos tem continuado, com relatos de combates em Donetsk e Luhansk.

O ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, disse na terça-feira que o exército havia capturado a cidade estratégica de Severodonetsk, localizada a cerca de 140 km do reduto rebelde de Donetsk.

Os combates no leste da Ucrânia eclodiram em abril e calcula-se que já custaram mais de mil vidas.

 

Fonte: BBC

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