CBF chama Dunga de volta e adota Lei de Tiririca: “Pior que tá, não fica”

7xdvsahval_9b9g3xbfij_fileNada de técnico estrangeiro, de ideias inovadoras ou qualquer outra revolução para tirar o futebol brasileiro da crise que foi escancarada desde os inesquecíveis 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo. A CBF optou por um nome conhecido para substituir Luiz Felipe Scolari no comando da seleção brasileira. A entidade irá anunciar o retorno do ex-jogador Dunga para o cargo de técnico da equipe nacional, nesta terça-feira (22), a partir das 11 h, em sua nova sede, no Rio de Janeiro.

A escolha acontece no momento em que a equipe nacional se encontra no fundo do poço. Como se não bastasse ser goleada pela campeã Alemanha, não teve sequer o brio de ficar com o terceiro lugar e também perdeu para a Holanda. A intenção, depois do fracasso, é não correr riscos. Entra em cena o lema do palhaço Tiririca, que virou deputado federal: “Vote no Tiririca. Pior que tá, não fica.”

Ele usou esse slogan durante a campanha que o elegeu deputado federal, em 2010, quando foi o que mais recebeu votos, passando de 1,3 milhão. Com a aposta em Dunga, a CBF quer usar o estilo centralizador do treinador para implantar um regime “militarista” na seleção e evitar o clima de badalação que gerou críticas durante o Mundial. Causou irritação na cúpula da entidade, durante a preparação em Teresópolis, a exposição a que os jogadores foram submetidos. Muitos posavam para fotos com torcedores e distribuíam autógrafos. Enquanto isso, apresentadores de TV tinham acesso a treinamentos, também com a permissão dos dirigentes.

Nem mesmo o fato de Dunga já ter sido demitido em 2010 do mesmo cargo para o qual retorna, pesou na decisão dos dirigentes. A imagem de disciplinador e a personalidade forte do treinador tiveram mais força do que sua experiência em comandar equipes. Na época em que Dunga treinou a seleção, o grupo ficava mais distante da mídia. Na Copa do Mundo de 2010, por exemplo, o elenco permaneceu quase um mês fechado na concentração em Johannesburgo, África do Sul.

Além de ter sido técnico da seleção brasileira, entre 2006 e 2010, o ex-volante teve apenas uma passagem de dez meses pelo Inter-RS, quando conquistou o título gaúcho de 2013 e dirigiu o time em parte do Campeonato Brasileiro daquele ano. Pela seleção, ele conquistou a Copa América em 2007 e a Copa das Confederações em 2009, mas não obteve êxito na Copa da África do Sul, quando o Brasil foi eliminado pela Holanda, nas quartas-de-final.

Dunga foi indicado, desta vez, pelo novo coordenador de seleções, Gilmar Rinaldi, apresentado na última semana. Ambos foram companheiros no Inter-RS, nos anos 80, tendo disputado a Olimpíada de 1984, quando o Brasil ficou com a medalha de prata. Também estavam no grupo tetracampeão mundial em 1994, quando Dunga era o capitão da equipe e Gilmar, o terceiro goleiro.

Fonte : R7

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