180 reeducandos aguardam tornozeleiras eletrônicas
A falta de tornozeleiras eletrônicas é uma realidade que tem prejudicado o monitoramento dos reeducandos que progridem de regime e deixam os presídios alagoanos para cumprir a pena no chamado semiaberto. Até a última sexta-feira (18), a fila de espera pelo equipamento tinha um total de 180 pessoas, de acordo com o juiz de Execuções Penais, José Braga Neto.
Segundo ele, Alagoas conta com apenas 375 tornozeleiras, número que é insuficiente para cobrir as necessidades do Estado. “O número de tornozeleiras é muito pequeno, enquanto o de presos é muito grande, por isso tive que priorizar alguns tipos penais mais graves para serem monitorados”, ressaltou o magistrado.
Alagoas não conta com uma unidade prisional do semiaberto desde 2007, quando a Colônia Agroindustrial São Leonardo foi fechada. Desde então, os presos que progridem de regime ganham, na verdade, a liberdade. Segundo o juiz Braga Neto, os reeducandos não podem ser punidos por conta da falta de estrutura do sistema prisional.
“Eu sou obrigado a progredir as pessoas para o semiaberto, pois eles já cumpriram pena no regime fechado e não podem ser mantidos presos. Essa falta de estrutura é problema do estado e os presos não podem pagar por isso”, destaca Braga Neto.
Atualmente, Alagoas conta com um total de 1.200 apenados no semiaberto. Na semana passada, a progressão de regime de Ivanildo Nascimento Silva, mais conhecido como Aranha, levantou a discussão sobre o tema. Considerado um dos maiores traficantes do Estado, ele foi liberado do Presídio de Segurança Máxima sem tornozeleira eletrônica.
Com gazetaweb.com