Morre em Alagoas um dos heróis da II Guerra Mundial

Foi sepultado no último domingo (13) José Correia Quintela, 97 anos, ex combatente da segunda guerra mundial, um dos últimos cinco combatentes  ainda vivo no estado de Alagoas.

Morador da cidade de Boca da Mata, zona da mata alagoana, desde o seu nascimento, Quintela era pai de 15 filhos e inúmeros netos e bisnetos e com 6 tataranetos, faleceu após resistir a quatro derrames, no auge de seus 97 anos totalmente lúcido.

Servindo a sociedade alagoana após a segunda guerra como agente da polícia civil durante muitos anos. Sr José passou os últimos anos de sua vida sem reconhecimento vivendo em sua humilde casa sem as honras de um herói nacional.

De família numerosa deixou um legado apenas imaterial, contada sempre que vislumbrada pelos seus familiares, “meu avô morou quase dois anos em minha casa quando eu era um menino ainda, e me encantava com suas histórias da guerra, contará que passou muitos meses distante de casa, minha mãe ainda não era nem nascida quando ele foi para Itália, uma de minhas tias tinha acabado de nascer quando ele foi convocado para servir o país na segunda guerra, tentei de todas as formas entrar para o exercito, porque me orgulhava de saber e dizer que meu avô era um herói de guerra, que tinha servido ao nosso país para defender o mundo das atrocidades de Hitler, e sempre falava sobre isso nos tempos de ginásio, foi muito comovente enterrar nosso herói que alimentava meus sonhos de criança com seu patriotismo”, relata seu neto Landstayner Quintela.

Segunda Guerra

No dia 21 de fevereiro de 1945, a Força Expedicionária Brasileira realizou um dos seus mais marcantes feitos durante a Campanha da Itália—a conquista do Monte Castello, até então considerado uma fortaleza inexpugnável.

Essa conquista tornou-se épica tanto pelo expressivo significado tático daquela elevação, como pelas condições de extremas adversidades que envolveram as operações de ataque.

Sob as primeiras manifestações do inverno italiano, realizaram-se três ataques a Monte Castello, em 24, 25 e 29 de novembro, com resultados desfavoráveis, em virtude das condições topográficas bastante inferiores das nossas posições, atacando de baixo para cima, em encostas íngremes, cobertas de neve e enlameadas, sem apoio aéreo e de blindados e, em parte, devido à reduzida experiência de combate dos dois últimos escalões recém-chegados ao campo de batalha. Em 12 de dezembro, refeitos os planejamentos, mas ainda sob as mesmas condições adversas anteriores, desencadeou-se um quarto ataque, que também não logrou êxito.

Finalmente, com a aproximação da primavera, a ofensiva foi retomada, em fevereiro de 1945, desta vez contando-se com apoio aéreo e de blindados.

A 21 de fevereiro, antes do alvorecer, partiram os brasileiros contra Monte Castello, que caiu já ao entardecer, após muita tenacidade e muito sangue derramado. Do seu topo, ouviu-se o brado de vitória dos pracinhas, que ainda teriam que se superar ao enfrentar várias reações dos experientes soldados alemães, até a consolidação da conquista ser efetivada.

Caíra o baluarte de Monte Castello. Sagraram-se, no altar do campo de batalha, os heróis brasileiros, lídimos representantes de todo um povo há pouco ferido em sua soberania.

A Força Expedicionária Brasileira teve a maior recepção que se viu na história deste País.”O Povo aos seus soldados!” diziam os jornais da época. Foram muitas as homenagens e as cidades ergueram seus monumentos,  prevendo  assim, uma FEB imorredoura.

A história dos heróis de guerra alagoanos está se perdendo por não haver um acervo extenso de suas ações naquela guerra, muito dessa história está sendo sepultada com esses ex-combatentes da nosso FEB e seus feitos esquecidos, daqueles que muito fizeram por nosso país. Apenas um carro com três militares estiveram para fazer a salva de corneta. Poucos amigos foram ao seu enterro, pois a maioria já se foram e outros de idade avançada, não puderam comparecer. Sua história deve não ser de conhecimento geral da cidade de pouco mais de 25 mil habitantes, e nem do estado. José Correia Quintela era o quinto em vida no estado que participou da II Guerra Mundial.

 

 

 

 

 

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