Filhos disputam o pleito para manterem os mandatos dos pais

1A eleição deste ano já traz grandes surpresas no cenário político alagoano. Até então, três nomes surgem como “novos” para conseguirem continuar com as vagas que serão deixadas pelo pai e/ou parente político.

Com idades entre vinte e trinta anos, os herdeiros terão como missão – ao serem eleitos – manter os acordos e os grupos políticos fortalecidos com a ‘saída’ dos seus mentores.

Na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), por exemplo, o presidente Fernando Toledo (PSDB) decidiu não concorrer à reeleição em outubro. No lugar dele, assume Bruno Toledo (PSDB), o filho.

Bruno era secretário de administração, finanças e planejamento do município e ficou conhecido como o “todo-poderoso” na gestão da mãe e prefeita, Lucila Toledo (PSDB). Lá em Cajueiro era ele – Bruno – quem mandava e desmandava na administração.

Outro nome que vai para o embate em substituição ao pai é o filho do deputado estadual Gilvan Barros (PSDB). Gilvan Barros Filho, conhecido como Gilvanzinho (PSDB), concorre à vaga na ALE já que o patriarca da família encabeça a chapa do candidato a governador Eduardo Tavares (PSDB) como vice-governador.

Considerado o deputado com maior número de mandatos (seis) na Casa de Tavares Bastos, Barros não ficaria sem a sua cadeira que há anos mantém com votações expressivas de eleições já disputadas. Aliás, Gilvan Barros também consegue manter seu reduto eleitoral forte e cativo na região do agreste.

Câmara Federal

Já o filho do conselheiro Cícero Amélio, do Tribunal de Contas de Alagoas (TCE-AL), também foi colocado na disputa à Câmara Federal ‘empurrado’ pelo pai. Audival Amélio da Silva Neto, o Val Amélio (PRTB), é candidato da família Amélio/Fontan a deputado federal.

O jovem – com apenas 21 anos e o candidato mais novo dessas eleições – entrou no páreo após acordos políticos fechados pelo presidente do TC. A ideia, segundo os amigos mais próximos de Amélio, é fazer com o ex-prefeito de Maceió e também candidato à Câmara pelo PRTB, Cícero Almeida, consiga uma votação expressiva que dê sustentação para que o partido saia da eleição com dois eleitos: Almeida e Amélio.

Será?

 

Kléverson Levy

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