Mãe denuncia venda de drogas em hospital psiquiátrico
A mãe de um paciente psiquiátrico interno no hospital escola Portugal Ramalho, Maria Vasconcelos, denunciou à a venda de crack e maconha dentro da unidade psiquiátrica localizada no bairro do Farol, em Maceió. Ela relata que o material é vendido por pacientes que foram internos em respeito a decisões judiciais, especialmente aqueles que têm ligação com crimes. Caso o paciente se negue a comprar as drogas, os traficantes agridem os mesmos e fazem ameaças, inclusive de morte.
De acordo com Maria Vasconcelos, os funcionários da unidade conhecem a recorrente prática de venda de drogas. No entanto, ressaltou ela, eles têm medo de denunciar os ‘pacientes-traficantes’ por receio de alguma reação violenta. “É necessário que haja um maior controle quanto à entrada das pessoas. Recentemente, houve um pequena melhora, mas a oferta de drogas ainda continua. Meu filho foi agredido por se negar a comprar esse produto”, ressaltou.
Há mais de um ano, a mãe do paciente denunciou a situação à ouvidoria do hospital Portugal Ramalho. Porém, segundo ela, muito pouco foi feito pelos responsáveis. “Acredito que o Ministério Público de Alagoas deve abrir procedimento para investigar essa situação, identificando os responsáveis. A unidade deveria ser destinada apenas para pacientes. Eles não podem conviver com esse receio constante”, reforçou ela.
A mãe do paciente sugere, ainda, que policiais militares revistem todo o material que entra para os pacientes da hospital. Ela aponta ainda que ‘os amigos dos pacientes’ são os responsáveis pela entrega de crack e maconha. “Se nada for feito para reverter essa situação, o hospital vai continuar parecendo um presídio. As autoridades precisam agir com o objetivo de colocar um ponto final nisso tudo”, emendou.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o hospital escola Portugal Ramalho informou que desconhece a existência da venda de droga dentro na unidade. A assessoria afirmou ainda que os visitantes são proibidos de entrar na unidade com bolsas e que os mesmos passam por uma ‘rigorosa revista’, realizada pelos próprios funcionários.
Porém, destacou que, se existir a citada venda de droga dentro da unidade, a ação dos traficantes ocorre ‘sem o conhecimento da direção do hospital’.
Com gazetaweb.com