Alagoas cultivará plantas para produção de fitoterápicos do SUS

largeAlunos do curso de Agronomia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) iniciaram o pré-cultivo de plantas medicinais do Arranjo Produtivo Local (APL) de Fitoterapia, criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para produzir medicamentos fitoterápicos. Os medicamentos serão utilizados no tratamento de pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A previsão é que até o início do segundo semestre de 2015 as mudas das plantas medicinais sejam distribuídas para os agricultores familiares que irão cultivar os substratos, responsáveis pela matéria-prima para a produção dos fitoterápicos. Até lá, agricultores de diversos municípios alagoanos serão sensibilizados para integrar o projeto, que tem o apoio da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplande) e do Serviço Brasileiro das Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

“Até a entrega das mudas, os agricultores irão passar por treinamento relacionado ao cultivo, manipulação e transporte das ervas medicinais. Por meio deste projeto, será incrementada a renda familiar mensal, já que os agricultores irão vender a matéria-prima das plantas medicinais para o Estado, que serão utilizadas para a fabricação dos medicamentos fitoterápicos”, explicou o coordenador de Produção do APL de Fitoterapia da Sesau, Clemens Fortes.

Ele informou que a Hortelã, o Guaco e a Babosa serão as plantas medicinais utilizadas pelo APL e que os índios e quilombolas terão prioridade para realizarem o cultivo. Após a colheita, os substratos – folhas e caules – serão encaminhados para uma fábrica que irá transformá-los em medicamentos fitoterápicos a ser utilizados pelo Programa Saúde da Família (PSF).

Agricultura Familiar – Com esta ação a agricultura familiar será estimulada, segundo a diretora de Assistência Farmacêutica da Sesau, Erivanda Meireles. Também haverá redução nos custos com medicamentos fitoterápicos para os municípios e aumentará a eficácia no tratamento de pacientes atendidos pelo SUS. O projeto conta com o aporte financeiro de R$ 1,4 milhão, de acordo com a diretora.

Erivanda Meireles informou que os municípios de Palmeira dos Índios, Arapiraca, Maceió, Coruripe e Marechal Deodoro já mostraram interesse em utilizar os medicamentos fitoterápicos no tratamento de pacientes da Atenção Básica. “Alguns deles já fazem uso deste tipo de medicação e, com a produção ocorrendo em Alagoas, com certeza iremos reduzir o preço, gerando economia para os cofres públicos”, disse.

por Josenildo Torres

 

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