Juliana Paes comemora 15 anos de TV e fala sobre carreira
Outro dia, Juliana Paes estava na ponte aérea Rio-São Paulo quando foi cantada por um turista indiano.
— Ele me chamou de atraente, perguntou se eu era atriz e se podia me acompanhar na minha filmagem. Mostrei logo a minha aliança. Mas acho que ele me conhecia de algum lugar — supôs a atriz, de 35 anos, sem perceber que o episódio retratou o óbvio.
Faça chuva ou faça sol, ela não perde o posto de musa. Tanto que, mesmo no inverno, fantasiada de Madame Catarina em “Meu pedacinho de chão”, escondida por perucas e figurino pesado, ela segue ditando moda. O batom vinho (rebel, da Mac, ou ameixa perfeito, da Avon, ou Lune 05), que delineia seu bocão, é um dos campeões de pedidos da Central de Atendimento ao Telespectador da TV Globo. E até seu esmalte (noite quente, da Colorama) faz sucesso entre as mulheres.
— A gente achava que não ia ter esse tipo de pedido porque as roupas são tão diferentes, estou de peruca. Foi uma bela surpresa — empolga-se ela.
A atriz ainda celebra ter chegado aos 59kg, que considera seu peso ideal, quase 11 meses depois de ter tido Antonio, seu segundo filho do casamento com o empresário Carlos Eduardo Batista. Os dois também são pais do gracioso Pedro, de 3 anos:
— Andei numa gangorra maluca de medidas. Foram dois filhos muito pertinho um do outro. Tive o primeiro, voltei 100% ao corpo original de fábrica, fiz “Gabriela” e engravidei de novo. Quando comecei a novela ainda não estava totalmente na minha forma, mas tenho sentido que, independentemente da idade, recuperei meu corpo, que não é mais dos bebês. E gosto muito do que vejo no espelho.
Juliana ainda se diz privilegiada por ter eliminado os 16 quilos que ganhou na última gravidez sem malhar:
— Com as gravações, não dá tempo. É um dilema de toda a mulher que trabalha e acabou de ter filhos. Fico naquela: “Me sobrou um tempinho, corro para a academia ou para casa para ficar com eles?”. Óbvio que vou para casa. Quando a novela acabar, vou conseguir continuar os exercícios de que gosto sem sentir tanta culpa.
E esse sentimento tão intrínseco à maternidade é levado com jeitinho.
— Vivo no meio de um turbilhão. A gente vai tentando sempre melhorar como mãe, como atriz, como mulher. Para dar conta, dorme um pouco menos, chega atrasada para dar um beijinho a mais ali. No fim de semana, eu me entrego totalmente aos meus filhos. O dia é deles, para mim é a sobra.
A paixão pelos “bofinhos”, como costuma chamar os dois filhos, é tamanha que ela não esconde ser capaz de formar um time de futebol em casa.
— Sou apaixonada por criança. Acho que filho, se não desse tanto trabalho e não fosse tão caro, era para a gente ter mais de dez. Mas a responsabilidade é muito grande. Eu me dou muito bem com criança, mas isso é porque sou uma criançona — opina ela, que, na folga, é quem comanda as brincadeiras: — Viramos o pula-pula de cabeça para baixo, botamos um monte de pano por cima e fazemos uma grande cabana.
A musa-família elege esse como um dos seu programas preferidos no frio.
— Nessa época, a gente gosta mesmo é de namorar, ou de ficar em casa, debaixo do cobertor, vendo TV, fazendo cabaninha com as crianças. Mas também adoro ir para lugares com lareira, tomar um vinho, com os meninos em volta fazendo bagunça.
Na mesma sintonia, o marido, Carlos Eduardo, lembra uma viagem de inverno inesquecível feita por eles.
— Bem no comecinho do nosso namoro, fomos ao Chile. E ela arrebentou no esqui. Também pegamos uma degustação de vinhos, almoçamos num restaurante no topo de uma montanha. Foi bem legal — recorda o empresário.
Nada como uma boa viagem para aquecer a relação. No lançamento de “Meu pedacinho de chão”, Juliana reconheceu que o marido, a quem chama de Dudu, estava meio abandonado por conta de seu excesso de trabalho. Por causa disso, o casamento é uma prioridade quando a novela terminar.
— Vamos sair numa viagem para o sul da Itália! Nosso roteiro romântico está sendo montado detalhadamente — suspira ela.
Outro projeto da atriz para curto prazo é experimentar uma nova modalidade de ioga, feita numa sala aquecida a 40°.
— O nome é bikram ioga e tem um lugar perto de casa, que faz a aula com 38°, com uma condição mais favorável — aposta ela, adepta da prática desde que fez “Caminho das Índias”, em 2009.
Beleza é um assunto que fascina Juliana. E no quesito alimentação saudável, ela dá uma aula.
— Há muito tempo não tenho dieta rígida. No café da manhã, continuo evitando o glúten, tomo o suco funcional (bato todas as frutas que estão acessíveis) e misturo com gogi berry e nibs (amêndoas) de cacau orgânico, que é um dos alimentos que mais contém antioxidantes no mundo. Também invisto bastante no suco de uva orgânico. A fruta tem o resveratrol, outro antioxidante que ajuda a segurar a onda por um bom tempo — ensina.
Tal comportamento entrega a fixação dela com os efeitos da passagem dos anos. Mesmo assim, os procedimentos estéticos ainda não a pegaram.
— Por enquanto, previno com a alimentação e evito pegar sol. Nunca coloquei botox, mas já pensei em fazer. O que acontece hoje é que as pessoas exageram. Muita gente está começando a usar muito cedo. Não tenho nada contra, desde que seja com moderação. A testa tem que mexer, a boca tem que mexer. Algumas ruguinhas devem ser mantidas pelo bem de quem nos assiste. Quanto à plástica, tenho a mesma opinião. Está incomodado, tem que fazer — opina.
Não por acaso, Juliana dá nome a rede de salões espalhada por Niterói e pelo Rio, que comprou para sua família cuidar. Com os profissionais de lá, se atualiza sobre as novidades estéticas.
— Na parte administrativa, me meto zero. Gosto de dar as minhas sugestões nos tratamentos. Vi que estavam sendo feitas hidratações com algas, e minha irmã Rosana correu atrás. Hoje isso é um sucesso no espaço. Mas a melhor parte é poder chegar, fazer de tudo, e depois dizer: “Gente, obrigada”, e sair linda, maravilhosa, porque eu tenho um salão à minha disposição (risos).
Fonte: EXTRA