Veja quem serão os craques que podem cruzar o caminho do Brasil
Quatro jogos separam o Brasil do tão desejado hexacampeonato mundial. Quatro partidas que representam 64 anos. De espera pela redenção. A superação de um trauma. O menoscabar do Maracanazo. Mas, para que isso aconteça, a Seleção do craque Neymar terá que ultrapassar, etapa após etapa, adversários que também contam com seus craques como trunfos para voltar a decepcionar o futebol brasileiro.
Oitavas de final
Uma dupla de respeito no Chile
A seleção chilena é uma das sensações da Copa. A equipe treinada pelo argentino Jorge Sampaoli se garantiu nas oitavas, eliminando a atual campeã mundial Espanha, sem abrir mão de seu estilo de jogo ofensivo. A seleção chilena que veio ao Brasil é considerada pela imprensa local como a melhor geração da história do Chile. Com bons jogadores em todas as posições, La Roja conta em seu elenco com nomes de peso em grandes clubes europeus. Dentre estes, dois se destacam. O atacante do Barcelona Alexis Sánchez e o meia da Juventus Arturo Vidal.
Habilidoso e veloz, Sánchez é o principal responsável por puxar o time para o ataque, sempre pelas pontas, geralmente aberto na direita. Boa parte das jogadas ofensivas passam pelos pés dele. Eleito o melhor jogador da partida contra a Austrália, Sánchez marcou um gol e deu assistência para outro. Entusiasmado com a boa campanha chilena e confiante em seu rendimento, Sánchez não esconde o otimismo mesmo tendo o Brasil pela frente. “Vamos ganhar a partida e fazer história. Já ganhamos da campeã do mundo e tivemos um tropeço contra a Holanda, mas mantemos nosso sonho de ganhar o Mundial”, declarou, em entrevista coletiva na quinta-feira.
Se Sánchez é a flecha no sentido do gol adversário, Arturo Vidal é o cérebro no meio-campo. O inteligente meia da Juventus assume para si a responsabilidade de iniciar, desde a intermediária defensiva, as rápidas transições ofensivas da Roja. Jogador fundamental no sistema de Sampaoli, Vidal esteve em risco de não participar da Copa, devido a um procedimento cirúrgico no joelho. Por essa razão, o meia foi poupado na última partida da fase de grupos, contra a Holanda. Assim como a outra estrela chilena, Vidal também acredita na vitória neste sábado. “Queremos ser a grande surpresa deste Mundial, por isso, não nos passa pela cabeça perder para o Brasil”, disse.
Quartas de final
Colômbia esbanjando classe
Depois do drama e sofrimento com o corte do craque Falcao Garcia, a Colômbia encontrou no jovem meia James Rodríguez a esperança renovada em fazer uma boa Copa do Mundo. Dono de uma canhota fora de série, James foi o jogador mais determinante na fase de grupos. Cerebral, as principais jogadas ofensivas passam pelos pés do meia do Monaco. Rápido na transição ofensiva, James arma os mortíferos contra-ataques colombianos e distribui o jogo, fazendo o time jogar em torno de seu talento. E tem rendido até o momento. Foi eleito o melhor em campo diante de Costa do Marfim e Grécia. Quando não foi escolhido o melhor do jogo, foi responsável pelo segundo tempo espetacular do time frente ao Japão. O meia marcou três gols e deu duas assistências, participando de, praticamente, dois terços dos gols colombianos na Copa. Até defensivamente ele tem sido fundamental, tendo roubado seis bolas.
Cavani fará esquecer Suárez no Uruguai?
Com a suspensão da principal estrela da equipe, Luis Suárez, o Uruguai terá que encontrar um novo jogador no elenco capaz de comandar uma equipe já carente de talento. Em meio a essa escassez, um nome surge como a nova esperança de gols dos uruguaios: o atacante Edinson Cavani. O camisa 21 foi o vice-artilheiro do último campeonato francês com o Paris Saint-Germain (PSG) e espera liderar o ataque charrúa no restante da competição. Até agora, sua participação foi bem discreta. Marcou um gol de pênalti na derrota para a Costa Rica por 3×1 na estreia da Celeste na competição. Caso o Brasil passe pelo Chile e o Uruguai pela Colômbia nas oitavas, a reedição da final de 1950 acontecerá nas quartas de final, só que dessa vez no Estádio Castelão, em Fortaleza. Oportunidade mais do que perfeita para a Canarinha espantar de vez o antigo fantasma.
Semifinal
O craque dos craques alemães
Os alemães chegaram como um dos principais favoritos à conquista desse Mundial e apostam numa equipe que se destaca por um excepcional jogo coletivo comandado por grandes valores individuais. Özil, Schweinsteirger, Kroos, Götze… São muitos os craques que fazem a engrenagem germânica funcionar de forma bem azeitada. O principal deles, contudo, atende por Thomas Müller, meia do Bayern de Munique. No inovador esquema alemão, que prescinde de atacantes e laterais, o camisa 13 é uma espécie de falso centroavante que articula jogadas e chega bem para finalizar. O jovem de apenas 24 anos tem a impressionante marca de nove gols em oito jogos de Copa do Mundo. Seria uma das principais preocupações do Escrete Canarinho em um possível choque nas semifinais.
Classe para dar e vender na França
O bom futebol dos gauleses na primeira fase da Copa do Mundo responde, principalmente, pelo nome de Karim Benzema. O atacante do Real Madrid não fugiu à responsabilidade e encarnou o papel de comandante dessa seleção que antes da Copa lamentava a ausência de seu principal astro, o meia-atacante Frank Ribéry. Foram três gols até aqui. Num possível choque nas semifinais, o Brasil terá que dar atenção especial ao jogador. Apesar de contar com talentos do porte de Pogba, Valbuena, Griezmann e Giroud, praticamente todas as jogadas ofensivas da França levam o carimbo de Benzema. Antes de chegar até essa instância, no entanto, os bleus precisam vencer a Nigéria, amanhã, em Brasília, e depois mandar para casa mais um adversário, que provavelmente será a Alemanha.
Final
Argentinos de volta aos áureos tempos
A seleção argentina é formada por dez jogadores e um extraterrestre. “Ele é de Júpiter”, disse o treinador da Nigéria, Stephen Keshi, após a derrota por 3 a 2 de sua equipe para a Albiceleste. O Lionel Messi que veio ao Brasil parece ser a melhor versão do jogador. Aquela consagrada nos anos áureos do Barcelona. O camisa 10 argentino é o comandante de uma equipe que tem ferramentas para evoluir, mas até agora não mostrou todo seu potencial. A Argentina tem um caminho teoricamente fácil para voltar a uma final depois de 24 anos. O único grande obstáculo seria a Holanda nas sêmis. Um choque com o seu principal rival só aconteceria no dia 13 de julho, no Maracanã. A final dos sonhos para os amantes do futebol.
Só falta o título Mundial para a Holada
Muitos achavam que a Holanda não iria muito longe nesse Mundial. Mas após a sonora goleada por 5 a 1 aplicada na Espanha, atual campeã, na estreia do torneio, a coisa mudou de figura. O time apostou em um esquema mais defensivo, mas não abriu mão do talentoso trio de frente, formado por Sneijder, Van Persie e Robben. Este último é o principal destaque da equipe. O atacante do Bayern de Munique chegou à Copa com o peso de ter perdido o gol que poderia ter dado o inédito título a Holanda em 2010, mas não se abateu. Logo no primeiro jogo marcou dois gols, mostrando um excepcional preparo físico para um atleta em fim de temporada. Um eventual encontro com o Brasil só acontecerá na final.
Fonte: Super Esporte