OAB contabiliza 11 moradores de rua mortos

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas (OAB/AL), Daniel Nunes, revelou que já foram assassinados 11 moradores de rua, somente este ano, em Maceió e no interior de Alagoas. O quantitativo é considerado grande, já que, em todo o ano passado, 12 moradores foram vítimas da violência no estado.

Segundo Nunes, a capital e o interior do Estado vivem ‘praticamente um genocídio’ (assassinato de pessoas motivado por diferenças sociais, étnicas, nacionais, raciais, religiosas e políticas), tendo em vista a reduzida população de moradores, formada por cerca de 300 pessoas.

“O número é pequeno se comparado à população geral, mas, quando pensamos somente no contingente de moradores de rua, é grande a quantidade. É como se fosse 5% desta população. Nem uma guerra é assim”, expôs o presidente da Comissão.

Daniel Nunes explicou ainda que a OAB se debruça sobre os casos veiculados pela imprensa, organiza o relatório e o encaminha aos órgãos responsáveis pelas investigações, como as Polícias Civil (PC), Militar (PM) e Federal (PF), a fim de que tomem as devidas providências, visando à punição aos agressores. Questionado sobre o retorno de possíveis grupos de extermínio, Daniel salientou que seria “prematuro” confirmar a ação dos mesmmos no estado.

De janeiro a junho deste ano, 11 moradores de rua foram mortos, sendo 10 deles em vários bairros de Maceió e um em Arapiraca. Em menos de 24 horas, dois foram assassinados na Serraria e no centro da capital. Em ambos os casos, as vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) até o Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, mas não resistiram aos ferimentos e vieram a óbito. Já os autores dos crimes não foram identificadosO

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