Alagoanos fazem mais de 4,8 mil ligações para o Disque Denúncia 181

large

Criado em outubro de 2011, o Disque Denúncia Integrado 181 contribui significativamente para a elucidação de homicídios, tráficos de drogas, roubos, captura de foragidos, posse de armas e maus tratos em Alagoas. Trata-se de um serviço unificado de recepção de denúncias de crimes coordenado pela Secretaria de Estado da Defesa Social de Alagoas (Seds-AL).

No mês de abril deste ano, 1.047 denúncias anônimas foram recebidas e encaminhadas para que os órgãos competentes – Corpo de Bombeiros e polícias Civil e Militar – tomassem as devidas providências. Desse total, 728 ligações partiram de 50 bairros de Maceió, com maiores incidências nos bairros do Jacintinho, Tabuleiro do Martins, Clima Bom, Benedito Bentes, Cidade Universitária e Vergel do Lago.

Além de colaborar na investigação, as denúncias de abril resultaram na prisão de quatro pessoas, apreensão de duas armas de fogo, drogas e recuperação de dois veículos roubados. As informações fornecidas são anônimas e sigilosas, podendo ser feitas gratuitamente pelo número 181, via e-mail: denuncia181@seds.al.gov.br, ou nos links disponíveis no site da Defesa Social, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.

A maioria das denúncias recebidas são relacionadas aos crimes com entorpecentes. “Foram 568 ligações informando pontos de tráfico de drogas ou paradeiro de traficantes”, afirma o coordenador do Disque Denúncia, capitão Roberto Feliciano. Outros contatos recorrentes tratam do comércio ilegal de aves silvestres, posse ilegal de arma, exploração de crianças, homicídios, locais que necessitam ser vistoriados e venda clandestina de Gás Liquefeito de Petróleo, conhecido como gás de cozinha.

Em breve, toda a parte operacional do programa será realizada de forma digital, fato que tornará o serviço ainda mais rápido e eficaz. Segundo o capitão Feliciano, basta que a operadora telefônica autorize os tramites para o atendimento operar de forma digital. “Com a migração não há mais problemas de sinal e as linhas ficam disponíveis 24 horas, diariamente, em todo Estado”, disse.

Divulgação do 181

A implantação do Brasil Mais Seguro, em junho de 2012, colaborou para o crescimento das ligações para o Disque Denúncia em Alagoas. Além de trazer recursos financeiros, o programa foi fundamental para divulgar o trabalho desenvolvido pela Defesa Social. “A publicidade foi muito grande, em outdoors, outbus e nas mídias locais”, contou capitão Feliciano.

A visibilidade maior gerou um aumento no número de denúncias. Só no primeiro quadrimestre deste ano mais de 4,8 mil ligações foram realizadas para o Disque Denúncia. Esse número corresponde a aproximadamente 20% de todas as ligações recebidas desde a criação do programa no Estado, em 2001.

Ações integradas

Os policiais envolvidos nos trabalhos do Disque Denúncia desenvolvem diversas atividades lúdicas para ampliar o processo de integração entre a polícia e os cidadãos visando a prevenção e o combate aos crimes. A intenção é manter os cidadãos cientes das suas “armas” para salvar vidas e promover o bem estar social através do 181. Para isso, no mês de maio foram realizados um passeio ciclístico e duas palestras na Sepaz.

Empresas interessadas em disseminar as ações do Disque Denúncia Integrado em eventos educativos podem entrar em contato com a assessoria de comunicação da Defesa Social por meio do número: (82) 3315-3237 para verificar a disponibilidade dos profissionais que fazem o trabalho de inteligência. A participação da população é essencial para elucidar crimes e combater a violência em Alagoas.

Crime em SP elucidado em AL

Uma denúncia para o 181 ajudou a polícia alagoana a desvendar um crime ocorrido em São Paulo, no dia 27 de janeiro deste ano, e que gerou grande repercussão nacional. José Derivaldo Correia de Lima, conhecido como O Bruxo, matou a facadas um adolescente de 15 anos, durante um ritual de magia negra.

O assassino foi preso pelas forças de segurança de Alagoas no município de Rio Largo, localizado a 2.400 quilômetros de São Paulo, dez dias após cometer o crime. O Bruxo estava escondido na casa de parentes e foi reconhecido por um cidadão, que fez uma ligação anônima para o Disque Denúncia após ver uma reportagem sobre o crime no jornal.

por Victor Costa e Henrique Dognani

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *