Estudante de Palmeira vai representar Alagoas no Mercosul

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Três estudantes da rede pública estadual representarão Alagoas no Parlamento Juvenil do Mercosul, programa onde estudantes de Ensino Médio público do continente sul-americano têm a chance de dialogar acerca de seus anseios e propostas para a melhoria do Ensino Médio.

 

No período de 4 a 7 de junho, os estudantes Maria da Conceição Oliveira, da Escola Artur Lopes (Murici); Beatriz Costa, da Escola Padre Aurélio Gois (Junqueiro) e Lucas Marques, da Escola Dom Constantino Luers (Campo Alegre) participam da etapa nacional do Parlamento, que será realizada em Gramado, Rio Grande do Sul.

Para serem selecionados, os jovens precisaram redigir um texto com o tema “O Ensino Médio que queremos” e serem engajados em projetos sociais no âmbito de sua escola ou comunidade. Durante o encontro em Gramado, eles deverão apresentar propostas sobre cinco eixos temáticos: inclusão educativa; gênero; jovens e trabalho; participação cidadã dos jovens e direitos humanos. Ainda neste evento, será escolhido um representante por estado para participar da edição continental do Parlamento Juvenil do Mercosul, que ocorre na Argentina.

 

A técnica responsável pelo programa na Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE), Graça Souto, diz que o Parlamento Juvenil será uma experiência enriquecedora para os estudantes. “Nestes três dias, eles terão a oportunidade de socializar suas ideias e expor o que desejam para o Ensino Médio, dentro dos cinco eixos propostos pelo programa. Além disso, vão conhecer e interagir com outros jovens de nações e culturas diferentes”, destaca.

Com uma redação intitulada o “Ensino médio humanizado que respeite a cultura indígena”, a aluna Maria da Conceição, da Escola Artur Lopes, foi uma das selecionadas para representar Alagoas no Parlamento. Nascida na aldeia Mata da Cafurna, em Palmeira dos Índios, ela faz parte da etnia Xucuru Cariri, e, apesar de sua timidez, é uma aluna de destaque na escola. “Conceição é uma aluna aplicada, cumpre rigorosamente com suas obrigações em sala de aula e tem se destacado na produção textual”,  afirma a professora de Língua Portuguesa, Clemilda Tenório.

 

A jovem fala sobre como se inspirou para redigir o texto. “Expus claramente o respeito que o nosso povo merece e uma melhor atenção, principalmente com um ensino inclusivo, gratuito e de qualidade para os povos indígenas do País”, argumenta.

Beatriz Costa, 15 anos, aluna do 2º ano da Escola Padre Aurélio Gois, em Junqueiro, iniciou o texto citando o líder sul-americano Nelson Mandela e afirmando que a “educação é a arma mais poderosa para se mudar o mundo”. A jovem aponta a ampliação da oferta de cursos profissionalizantes, o incentivo à pesquisa e ao esporte como propostas para a melhoria do Ensino Médio.

 

Filha de professora da rede municipal, Beatriz teve sua paixão pela leitura incentivada ainda na infância e conta como se inspirou para escrever o texto. “Tive dois dias para redigir meu texto e fui inspirada pelo desejo de ver uma maior participação dos jovens na construção do Ensino Médio. Além disso, minha escola sempre teve tradição em concursos de redação, sendo premiada em várias ocasiões. Isso me impulsionou ainda mais”, relata.

Já Lucas Marques, 16 anos, aluno da Escola Dom Constantino Luers, em Campo Alegre, sempre preferiu as Ciências Exatas ao Português. Ele diz que a inspiração para a redação demorou a surgir, mas, quando apareceu, o fez escrever sem parar. “Conversei com meus primos acerca do tema, fiz vários rascunhos e também tive a ajuda da minha professora. A inspiração apareceu uma noite antes do prazo final par a entrega do texto e escrevi sem parar. Estou muito ansioso em relação ao Parlamento, mas também confiante de que faremos uma boa apresentação”, revela.

por Ana Paula Lins e Ronaldo Lima/ foto Valdir Rocha

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