Estádio Vivo atende 500 alagoanos com atividades esportivas gratuitas
São quase 500 pessoas cadastradas em aulas gratuitas de ginástica, judô, capoeira, atletismo, tênis de mesa e outras atividades esportivas desenvolvidas pelo Governo do Estado no Estádio Rei Pelé. A ação, coordenada pela Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE), faz parte do projeto Estádio Vivo, que propõe um trabalho de prevenção e resgate de crianças e jovens por meio do esporte, além da melhoria da qualidade de vida de adultos e idosos.
Iniciado há três anos, o projeto conta com uma equipe de profissionais composta por dez educadores físicos, uma psicóloga, uma nutricionista e um responsável pela cozinha industrial, de onde saem os lanches ofertados após os treinos esportivos, que acontecem diariamente durante os dois turnos. Na próxima segunda-feira (2), as atividades entram em recesso temporário e o Estádio Rei Pelé passa a funcionar exclusivamente como centro de treinamento da seleção de Gana para a Copa do Mundo 2014.
De acordo com o técnico da Diretoria de Desporto da SEE que atua na coordenação do projeto, Emanoel Amaral, as atividades devem voltar à programação normal no final de junho. Com a reforma realizada no estádio, que é um dos Centros de Treinamentos de Seleções (CTS) da Copa, a ação poderá contar com melhor estrutura física e até ampliar a oferta de esportes.
“A reforma trouxe uma piscina, uma quadra de areia, uma academia e muitas melhorias ao Rei Pelé. Vamos estudar as possibilidades de aproveitar essa estrutura para ampliar o desenvolvimento do projeto”, explicou.
Segundo o diretor de Desporto da SEE, Lourival da Rocha, o projeto Estádio Vivo inclui também palestras e aulas sobre temas atuais relacionados à segurança, alimentação, saúde, entre outros.
“Esse projeto social está diretamente ligado à proposta de redução da violência e da criminalidade, já que propõe deixar as crianças e jovens ocupados o maior tempo possível aqui no estádio quando não estiverem em aulas”, destacou Lourival.
O poder do esporte – Aluna de ginástica pelo projeto há um ano, a doméstica Tâmara Cristina disse que as aulas já fazem parte de sua rotina de vida. “Aqui cuido do meu corpo e da minha cabeça. Melhorei muito em relação à ansiedade, insônia, preocupação, e também fiz muitos amigos. No dia em que não posso vir, já sinto falta”, contou.
Em contato com as crianças e jovens do Estádio Vivo, o professor de educação física e contramestre de capoeira Angola Josivaldo de Lima percebe a mudança de comportamento que o esporte proporciona aos alunos, com a melhoria das relações interpessoais, desenvolvimento da disciplina e respeito.
“Aqui a intenção é formar pessoas, não atletas. Nesse projeto, o esporte tem a missão de reforçar valores e fazer com que essa realidade repercuta também em casa, como tem acontecido com nossos alunos”, enfatizou.
Podem fazer parte do Estádio Vivo prioritariamente alunos matriculados na rede pública estadual, além de pessoas da comunidade em geral. Para fazer o cadastro, o participante deve se apresentar no estádio com os documentos de identidade e CPF. No caso de crianças e jovens estudantes da rede, serão exigidos, além dos documentos de identificação, declaração com a frequência escolar e documentação dos pais.
Agência Alagoas