O dia em que vai chover canivete nas Alagoas
Podem sair de lado, esconderem-se debaixo de marquises; podem se trancar em casa e até nem querer falar com ninguém, o que não será uma boa, mas fiquem certos de que a expressão casa direitinho com o dia em que as mais duras eleições deste estado irão acontecer.
Daqui para outubro, apesar do ambiente calmo, da proximidade da Copa do Mundo caseira, apesar disto tudo, mas sobretudo, das indefinições que ainda não se transformaram em verdadeiras definições, águas irão rolar por sob as pontes e virão lavando projetos e promessas, pedindo, no sentido contrário, o apoio de um povo que sente-se profundamente desprotegido e abandonado.
E, então, o que prometer, se o desencanto rolou pelas grotas, se meninos e meninas se degradam pelas ruas, se a matança faz parte de um dia a dia que nunca gostaríamos de ter tido?
O que prometer a quem não acredita em mais nada?
Outro dia, tive a oportunidade de dizer em reunião a que políticos estavam presentes que era chegada a hora de não prometer.
Apenas de mostrar e dizer em alto e bom som o que minimamente se pode executar.
Que a saúde é falha e que só se pode fazer isso ou aquilo;
que a educação é errada e o que dá pra fazer é apenas aquilo ou isso;
que a segurança…deixa pra lá!
A segurança que veja o que fazer com a chuva de canivetes que vai cair nas cabeças dos candidatos em outubro, se não mudarem seus discursos e partirem para o novo nas palavras e nas ações.