Boca de urna dá vitória a Petro Poroshenko na eleição da Ucrânia
O magnata pró-ocidental Petro Poroshenko confirmou seu favoritismo e venceu as eleições presidenciais da Ucrânia com mais de 56% dos votos, segundo pesquisas de boca de urna divulgadas neste domingo (25).
A também pró-ocidental Yulia Timoshenko, ex-primeira-ministra, ficou em segundo com pouco menos de 13%, de acordo com pesquisa feita por um consórcio de três institutos, divulgada logo após o fechamento dos centros de votação.
Se confirmados estes resultados, Poroshenko,conhecido como “rei do chocolate”, estaria eleito já em primeiro turno, sem necessidade de nova votação.
Logo após a divulgação dos números, Poroshenko “cantou vitória” e falou já como futuro novo chefe de Estado, voltando a ressaltar as prioridades de seu governo.
Ele disse que vai buscar uma maior integração com a Europa, conforme o desejo da maioria de seu eleitorado.
Ele afirmou que seus primeiros passos serão focados em terminar o caos e a guerra e em restaurar a paz no país dividido, afirmando que defenderá a integridade territorial do país.
Também disse que deve haver eleições parlamentares ainda em 2014.
O “rei do chocolate” prometeu administrar a Ucrânia da mesma foram que sua empresa, a Roshen.
Único oligarca a ter apoiado a mobilização pró-europeia na Ucrânia, este especialista em relações econômicas internacionais foi ministro da Economia do presidente deposto Viktor Yanukovytch, além de ter ocupado a pasta das Relações Exteriores e a presidência do Banco Central no governo do pró-ocidental Viktor Yushenko.
Crise política
Os ucranianos foram em grande número às urnas neste domingo (25), exceto nas regiões separatistas pró-Rússia do leste do país.
O pleito foi boicotado por insurgentes das regiões de Donetsk e Lugansk.
A eleição antecipada é considerada um passo fundamental para tentar resolver a crise política do país, que o colocou à margem da guerra aberta com a Rússia.
Ela ocorre seis meses após o início dos protestos que levaram à queda de Yanukovych e que incentivaram os movimentos separatistas armados pró-Rússia no leste do país, gerando crescente preocupação na Europa e uma polarização entre Rússia e EUA.
Fonte: G1