Jobson: Sem dinheiro e sem passaporte e pede ajuda ao Itamaraty

arabiaO advogado do atacante Jobson, Rodolpho Cézar, afirmou que o jogador está em situação “desumana” na Arábia Saudita, onde teve o passaporte retido pelo clube no qual atuou, o Al-Ittihad.

Segundo Cézar, ele rescindiu contrato com o Al-Ittihad em 14 de maio, mas o clube não entregou o documento do atacante que, por sua vez, não tem dinheiro para se sustentar no país.

“O jogador só precisa que devolvam a documentação e o visto de saída dele para que ele possa seguir a vida e ponto.

O contrato já foi rescindido. Ele está sem qualquer dinheiro para arcar com estadia e alimentação e hoje acabam as diárias no hotel. A partir de hoje, o Jobson não tem onde ficar”, disse Cézar em contato com o UOL Esporte.

O advogado afirmou que já recorreu ao Ministério das Relações Exteriores para tentar resolver a situação.

“A gente está notificando o Itamaraty para que eles notifiquem a comissão dos direitos humanos da Arábia Saudita. O clube faz isso, e ficamos completamente a mercê. A Fifa tem que virar os olhos para lá. É desumano o que está acontecendo. Ele sequer foi punido ou recebeu qualquer notificação do clube, que hoje detém o passaporte sem ter esse direito. É um documento de identificação que tem que ficar com o jogador, não com o clube.”

Jobson tem contrato com o Botafogo até o final de 2015 e estava emprestado ao Al-Ittihad desde o ano passado. No último mês de abril, o comitê antidoping da Arábia Saudita disse que o jogador havia se recusado a realizar um teste em março e, por isso, seria suspenso por quatro anos.

Rodolpho Cézar não quis comentar a suposta punição, mas apontou que a rescisão ocorreu por outros motivos. “No começo do ano, teve mudança de diretoria e o novo presidente quis reduzir os salários. Houve alguns desentendimentos, mudança de técnico, e aí a decisão foi tomada. No momento certo a gente vai falar.”

Agora, segundo o advogado, o Al-Ittihad está em recesso após o fim da temporada e não atende a nenhuma ligação do jogador.

“O clube não se manifestou em relação ao assunto, os membros da diretoria não estão atendendo e ele não consegue falar com o tradutor responsável. O atleta está num país onde não conhece ninguém, não tem família por perto, não tem amigo, não tem ninguém. Ele está sozinho e jogado de lado”, disse Cézar, que informou que, no momento da entrevista, Jobson estava a caminho do clube para tentar um novo contato.

Botafogo

Questionado sobre a posição do Botafogo no caso, o advogado afirmou que o clube carioca não tem motivos para se manifestar. “Quando o Jobson estiver no Brasil com a família dele, aí a gente vai parar e conversar com o Botafogo. No momento, a prioridade é tirar o Jobson da Arábia Saudita.”

* Colaborou Marcelo Freire

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