Mundé; Palmeira e suas viventes deformidades
Os finais de semana em Palmeira dos Índios, recentemente, já podem ser distinguidos, com por tantos crimes, como sinônimos de selvageria, ou tristeza.
Quando não ocorrem o ricochetear de balas, ou as perfurações por facadas, algum outro tipo de ocorrência acontece, em geral desastres, com destruições antecipadas de vidas, que assombram a sociedade de um modo em geral.
Constituímos-nos, por falta de braços de ferro, numa cidade interiorana com todas as deformidades viventes num grande centro do Sul do país.
O mais inquietante, é que não se pode atribuir a este crescente de acontecidos, ao desenvolvimento da cidade, ao êxodo de pessoas sobrevindas de outros municípios, e muito menos, ao aumento da população nativa.
Recriminar é muito fácil. Dirá alguém ao ler este texto. E, se indagar qual a palavra-chave para amenizar estas dificuldades em minha cidade querida, com obviedade, não tenho a menor opinião de por onde principiar.
No entanto, quem é político e ocupa cargo de administrante, procurador, legislador, e alguns outros segmentos da classe social, deve saber sem dúvida, o que necessita ser feito para tal. Se não o perpetram, a esta inércia contagiosa pode ser designada como falta de vontade política/social.
Antes de abonar leis mais rígidas, inundar os bairros de policiais, erguer mais cadeia,s ou obter mais carros de polícia, é preciso perceber a origem dos crimes, e admitir que cada um de nós é parte de suas causas.
É adequado lembrar que a maior parte da criminalidade originada em meio à humildade tem como vítimas os próprios pobres, que ainda vivem o drama de não ter a quem apelar, visto que, em muitos arredores de baixa renda, a presença da polícia e de serviços de saúde é muito menor.
A verdade é que o total das lesões causadas pela criminalidade é inumerável. Como aferir o valor de uma vida, para os familiares de uma vítima de assassinato?
Mas, enquanto não se constituir em Palmeira dos Índios uma comissão especial para efetuar um plano de ação para ao menos atenuar o que nos mata; falta de saúde, educação, engenharia de trânsito, e segurança, a palavra Desamparo pode passar a ser a nova administradora da cidade.
Para refletir; Por que, em uma mesma população, determinadas pessoas decidem romper as regras, enquanto outras as satisfazem?
Mão na massa, senhores…
Luiz Antonio Albuquerque
Jornalista profissional – DRT: 0001279/ES